A Argentina se foi no sábado. O Brasil, domingo. Sem os dois maiores, há razões para seguir acompanhando a Copa América? Sim. Com Brasil e Argentina fora, o destaque seria o Chile, que, até as quartas de final, havia apresentado o melhor futebol da competição. Mas o Chile também caiu. E para a Venezuela, o adversário que conseguiu segurar a Seleção Brasileira na estreia. As razões começam pela própria Venezuela, a surpresa das surpresas, comandada por César Farías, que disse nesta segunda-feira que seu time merece ir à final.

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Paraguai eliminou o Brasil e nesta quarta enfrenta a Venezuela

Foto: Felipe Dana,AP

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Os outros semifinalistas são Uruguai, Peru e Paraguai. Parece uma Copa América chocha, lotada de zebras. Mas o fato é que às 21h45min desta terça, em La Plata, Uruguai e Peru abrem as semifinais que seguem amanhã com Venezuela e Paraguai, também às 21h45min, em Mendoza. E, para quem gosta do esporte, principalmente de novidades quando o assunto é futebol, as fases finais de qualquer torneio, mesmo sem as principais seleções, podem reservar belas surpresas.

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Confira as cinco razões para o torcedor seguir assistindo à Copa América 2011

Venezuela – O empate com o Brasil, na estreia, já havia sido histórico. A classificação para a semifinal ao eliminar o Chile – que, até então, havia apresentado o melhor futebol da competição – foi mais histórica ainda. A Venezuela chega às semifinais invicta depois de empatar com Brasil e Paraguai, e vencer Equador e Chile. Aparentemente, não há segredos. Talvez apenas um trabalho que tenha sido melhor desenvolvido pelo técnico César Farías e executado pelos jogadores em campo. Evidentemente, a Venezuela joga aquele futebol fechadinho, com duas linhas de quatro jogadores do meio para trás, sempre atrás da linha da bola, e com subidas ao ataque somente quando possível. Conforme os próprios venezuelanos, houve uma mudança de mentalidade dos atletas em relação a este trabalho. Ao que parece, eles passaram a acreditar. O grito “sí, se puede” nunca esteve tão evidente.

Venezuela é a maior surpresa desta Copa América

Foto: Roberto Candiam,AP

Uruguai – O espírito de equipe, de luta e o futebol competitivo encantam a quem assiste a um jogo do Uruguai. A espinha dorsal, diga-se, tem qualidade: enquanto Muslera fecha o gol, Lugano comanda a defesa, Pérez (suspenso porque foi expulso contra a Argentina) dá o primeiro combate, Forlán organiza e Suárez arranca, sem esquecer do veloz lateral-esquerdo Alvaro Pereira e do volante Cáceres. Depois de uma estreia com atuação mediana no empate com o Peru em 1 a 1, o Uruguai voltou ao tradicional 4-4-2 contra a Argentina. Segurou o rival e classificou-se nos pênaltis. A mística, a tradição e o futebol aguerrido estarão em campo na noite desta terça-feira.

Peru – O time dos contra-ataques. O Peru exibe uma defesa cautelosa e que, apesar da disciplina tática, apresenta visíveis falhas técnicas. O gol contra, a favor do Chile, e o gol uruguaio na primeira fase, com passe do ataque adversário no meio dos zagueiros, comprovam isso. Mas, nos contra-ataques, o Peru mostra velocidade principalmente por meio das arrancadas do atacante William Chiroque. A seleção peruana chega à semifinal depois de 14 anos. E tenta o tri, almejando repetir as campanhas de 1939 e 1976.

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Uruguaios comemoram vitória sobre a Argentina nos pênaltis

Foto: Natacha Pisarenko, AP

Os goleiros – O uruguaio Fernando Muslera e o paraguaio Justo Villar foram dois dos maiores destaques das semifinais. Sábado, contra a Argentina, Muslera fez pelo menos três defesas dificílimas. Numa delas, defendeu com o pé uma falta em que a bola desviou na barreira e depois, no rebote, abriu os braços e espalmou o chute de Higuain. Domingo, Villar fechou o gol e anulou chutes de Ganso, Neymar e Pato, além de uma cabeçada de Fred. Aos 34 anos, acertou nesta segunda-feira contrato com o Estudiantes de La Plata. Os goleiros são, sem dúvidas, boas razões para o torcedor seguir assistindo à Copa América.

Não há mais bobo no futebol – A famosa frase está em todos os jogos desta Copa América e pode não sair de cena na semifinal. Se o Peru eliminar o Uruguai e a Venezuela passar pelo Paraguai, a metade norte da América do Sul olhará definitivamente para baixo.

Serviço:

Uruguai x Peru

Horário: 21h45min

Estádio Ciudad de La Plata

Árbitro: Raúl Orosco (Bolívia).

Auxiliares: Efraín Castro (Bolívia) e Marvin Torrentera (México)

Escalações

Uruguai

Muslera

Maxi Pereira

Lugano

Coates

Martín Cáceres

Alvaro González

Eguren (Gargano)

Arévalo Ríos

Alvaro Pereira

Luis Suárez

Diego Forlán.

Técnico: Oscar Tábarez

Peru

Raúl Fernández

Renzo Revoredo

Christian Ramos

Alberto Rodríguez

Walter Vílchez

Luis Advíncula

AdánBalbín

Rinaldo Cruzado

Juan Vargas

William Chiroque

Paolo Guerrero.

Técnico: Sergio Markarián