Deputados federais e estaduais de Santa Catarina filiados ao PSL e que pertencem ao grupo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro participaram nesta quinta-feira do ato de lançamento do futuro partido Aliança pelo Brasil.
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A convenção ocorreu em um hotel de Brasília e contou com três deputados federais de SC, outros três deputados estaduais catarinenses e a vice-governadora do Estado, Daniela Reinehr.
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Os parlamentares ainda medem palavras porque precisam primeiro esperar a criação legal do novo partido para poderem migrar de casa sem risco ao mandato em exercício. Até lá, permanecem filiados ao PSL. O tom das falas dos parlamentares é de que estão prestigiando o novo projeto político de Bolsonaro.
A vice-governadora de SC, Daniela Reinehr, que pode se desfiliar sem prejuízo ao mandato, deixou o PSL nesta semana e assinou como fundadora do novo partido encabeçado pela família Bolsonaro.
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Na apresentação do Aliança pelo Brasil, as principais bandeiras apresentadas foram a ligação com a religião, a defesa do direito ao porte de armas, o livre mercado e o combate a ideologias como o comunismo.
O partido confirmou que o número do partido será o 38, como o calibre do revólver.
"SC vai dar show de assinaturas", projeta deputado Daniel Freitas

O deputado federal Daniel Freitas (PSL) participou do encontro nesta quinta-feira e mostrou-se animado com a proposta do partido, que segundo ele “já nasce com compliance e prestação de contas on-line”.
Outra novidade citada pelo parlamentar é a existência de uma ala inclusiva no partido, para pensar em ações voltadas a pessoas com deficiência, incluindo deficientes auditivos, o que teria sido uma reivindicação da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Freitas afirma que ainda não há detalhes sobre como vai funcionar a estruturação da Aliança pelo Brasil nos Estados, incluindo Santa Catarina, mas afirma que Santa Catarina, por ter grande parte do eleitorado de viés conservador, vai “dar um show de assinaturas”.
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O partido precisa reunir quase 500 mil assinaturas até março do próximo ano para conseguir participar das eleições municipais de 2020. Por enquanto, ainda não há uma data a partir da qual o partido pretende iniciar a coleta de assinaturas pelo país.
A Aliança ainda aguarda uma definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se esse processo poderá ser feito por assinaturas digitais.
– Tive uma agenda particular com o presidente Bolsonaro na quarta-feira e pudemos falar sobre esse tema. Ele tem a consciência de que se não forem validadas as assinaturas eletrônicas, se torna mais difícil a realidade para 2020. Isso não quer dizer que o movimento seja desacelerado por isso. Pelo contrário, vão ser feitos todos os esforços para garantir em tempo recorde as assinaturas e que conferência seja feito em março – frisa o deputado.