Motoristas e cobradores da região de Criciúma estão em greve, sem prazo para terminar, a partir da noite desta segunda-feira. Um grupo de trabalhadores formou um comando local de greve e não aceitam a representação do sindicato da categoria (o Sintracril). As principais exigências são um aumento salarial e a não demissão dos grevistas.
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Na tarde desta segunda-feira, motoristas e cobradores fizeram uma manifestação em frente ao Terminal Central de Criciúma. Em seguida, foram até a sede da Justiça do Trabalho e, depois, retornaram ao terminal e passaram a impedir a circulação dos ônibus. No fim da tarde, os veículos foram levados às garagens das empresas.
Os trabalhadores organizaram a greve por conta própria porque o sindicato da categoria – o Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Criciúma e Região (Sintracril) – não concorda com diversos pontos levantados pelos motoristas e cobradores.
Além disso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga irregularidades ligadas à diretoria do sindicato, o que teria causado descontentamento por parte dos trabalhadores.
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Funcionários da Expresso Forquilhinha já estão em greve desde o dia 27 de maio, também por reajustes salariais. A empresa é a que atende mais linhas dentro de Criciúma e possui aproximadamente 600 funcionários. Nesta segunda, a Forquilhinha emitiu um comunicado afirmando que a greve é ilegal, e que faltantes terão os dias descontados da folha de pagamento:
“COMUNICADO: O GRUPO FORQUILHINHA comunica a seus colaboradores que, tendo em vista a decisão judicial proferida em data de 02/06/2014, que suspendeu a Assembleia da Categoria, a decisão da Greve é ILEGAL, por falta de legitimidade daqueles que assim decidiram. Portanto, os colaboradores que faltarem ao trabalho terão os dias descontados, além de outras medidas cabíveis. A Direção.”