A greve dos funcionários dos Correios continua. Ontem, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu levar a julgamento o dissídio da categoria, já que não houve acordo entre a Empresa e o sindicato na audiência de conciliação realizada ontem, em Brasília.

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A ministra Kátia Arruda será a relatora e definirá a data do julgamento. Os correios ofereceram reajuste de 5,2%. A principal reivindicação da categoria é 43% de aumento linear – para todos os salários – sendo 33,7% reposição de perdas desde 1994 -, além de 10% de aumento real.

– Não deu tempo dos trabalhadores aprovarem ou não a proposta em assembleia – disse o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect/SC), Jacques dos Santos Bitencourt, que participou da reunião, em Brasília.

Na audiência, o TST concedeu liminar determinando que os sindicatos garantam efetivo mínimo de 40% por unidade, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

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Em nota divulgada no site dos Correios, a empresa diz que pretende realocar empregados das áreas administrativas, contratar trabalhadores temporários, realizar horas extras e fazer mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana. Tudo isso para amenizar o impacto da greve dos funcionários que começou nesta quarta-feira.

Em Santa Catarina, a adesão à paralisação nacional foi decidida após assembleias regionais realizadas na terça-feira. De acordo com Bitencourt, o movimento tem sim o objetivo de parar a máquina, mas esse recurso da empresa de reposicionar o pessoal interno, ajuda a manter o atendimento básico.