A Grécia voltará a celebrar eleições legislativas, a princípio dentro de um mês, ante a falta de acordo dos dirigentes políticos para formar um governo de coalizão após a votação de 6 de maio.

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– Os esforços de formação de um governo terminaram sem êxito – confirmou um comunicado da presidência, lido por um jornalista do canal público Net.

Maior partido grego, a Nova Democracia obteve apenas 18,85% dos votos – ou 108 deputados dos 300 no Parlamento. Em segundo lugar ficou o Syriza, com 52 deputados. Os partidos se articulavam para formar uma coalizão que alcançasse os 151 assentos necessários para a maioria no Parlamento. Segundo a constituição grega, os três principais partidos tinham, cada um, três dias para tentar formar alianças, mas os líderes partidários jogaram a toalha após não conseguir formar coligações, dando início à mediação do presidente Carolos Papoulias, que também resultou em fracasso.

– Vamos de novo para as eleições, em alguns dias, sob condições muito ruins – disse o líder socialista do Pasok, Evagenlos Venizelos, ao fim de uma reunião crucial com outros quatro líderes de partidos políticos, convocados pelo presidente Papoulias.

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A convocação de novas eleições ocorre em um momento em que a Grécia vê ameaçadas suas chances de continuar na zona do euro. O país tem dificuldade em respeitar o acordo feito com os 17 países da moeda única e o Fundo Monetário Internacional, que inclui reduções no orçamento. Os cortes são necessários

para que a Grécia não perca seu segundo resgate financeiro, que inclui uma ajuda de 130 bilhões de euros. Se a verba for suspensa, o país entrará em moratória.