A estudante Ana Roberta Gomes tentou ir embora de ônibus, logo depois que as manifestações terminaram, no Centro. Ela estava com as amigas participando dos protestos e queria voltar pra casa, em Capoeiras, no Continente. Chegando no Ticen encontrou catracas liberadas, porém os ônibus todos lotados. Enfileirados e repletos de passageiros aguardavam a ponte ser liberada.

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– Tinha muita gente no terminal. Em pé na fila ou sentadas por horas para não perder a vaga dentro do ônibus. Eu fiquei no chão mesmo, sentada na minha canga – lembra Roberta.

Em determinado momento os ônibus tentaram sair do terminal, mas tiveram que dar a ré ao se depararem ainda com a ponte fechada. As pessoas saíram novamente do coletivo, alguns foram procurar um lugar aberto para comer e outros permaneceram sentados para guardar lugar no ônibus – mas todos, já ficavam indignados com a longa espera.

– Muita gente começou a ficar impaciente por ter que ficar em pé na fila ou dentro do ônibus – lembra.

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