Como nos velhos tempos, a Seleção Brasileira estará de volta a São Januário nesta sexta-feira, quando realizará um treinamento às 15h visando a final da Copa das Confederações. O tradicional estádio é um antigo conhecido do Brasil, que o utilizava com bastante frequência antes da construção do Maracanã, em 1950. Por lá, a equipe canarinho conquistou a Copa América de 1949 e a Copa Roca de 1945.
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Como ponto negativo nesta história está o fato de que a Colina foi usada pela Seleção na preparação para a Copa de 50, quando foi derrotada na final para o Uruguai, em episódio conhecido como “Maracanazzo”.
Construído em 1927, São Januário virou casa brasileira pois, na época, era um dos maiores estádios da América do Sul. Ao todo foram 23 jogos, sendo 19 vitórias, um empate e três derrotas. O primeiro jogo aconteceu em 6 de janeiro de 1929, quando a Seleção venceu o Barracas, um antigo clube da Argentina, por 5 a 3.
Na Colina também há uma estátua do ex-atacante Romário, grande nome do título mundial brasileiro em 1994 e revelado pelo Vasco. A homenagem é uma alusão ao milésimo gol marcado pelo craque, que aconteceu no estádio.
Adequação ao Padrão FIFA
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Para receber as seleções que disputam a Copa das Confederações, a Colina teve que se adequar ao padrão Fifa. As medidas do campo foram diminuídas, bancos de reservas foram instalados provisioriamente nas laterais do gramado (os fixos ficam atrás de um dos gols) e os patrocinadores particulares do clube tiveram que ser tapados, sendo exposto apenas os escudos do Vasco ou qualquer outra referência ao Cruz-maltino.
Nesta competição, São Januário já recebeu treinos da Espanha e do México. Na ocasião, alguns jogadores destas equipes foram agraciados com camisas do Vasco. Pelo lado espanhol, o goleiro Casillas. Entre os mexicanos, o goleiro Ochoa e o atacante Chicharito Hernández.
O estádio também sediou um amistoso preparatório da Itália, que enfrentou o Haiti e empatou em 2 a 2. Dias depois, no hotel onde os italianos estavam hospedados, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, presenteou o polêmico atacante Balotelli com uma camisa cruz-maltina em alusão ao combate ao racismo. O clube foi pioneiro no Brasil ao integrar negros e operários em sua equipe.