A seleção feminina de vôlei, campeã olímpica nos Jogos de Pequim, cruzou as principais vias de São Paulo na tarde desta quarta-feira. Após chegar da China, as meninas e a comissão técnica desfilraam em um carro aberto do Corpo de Bombeiros. Ao lado, um trio elétrico acompanhava e um animador ajudava com gritos de incentivo.
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– Vocês que estão no escritório! Saiam do trabalho e venham dar os parabéns para as nossas campeãs.
Empolgadas, as jogadoras da seleção recebem o carinho do povo ao som de músicas da moda. No centro de São Paulo, uma chuva de papel caiu sobre as medalhistas olímpicas. Paula Pequeno, Fabi e Thaissa são as mais entusiasmadas. Mais contido, porém não menos atencioso, o técnico José Roberto Guimarães fez questão de ressaltar o momento vivido por suas atletas.
– O reconhecimento do nosso povo é a melhor coisa que podemos receber. Todos estão orgulhoso da gente, mas só agora as meninas estão se dando conta de tudo o que aconteceu. A gente se emocionou quando viu dois caças da Força Aérea acompanhando a nossa chegada. A ficha está começando a cair.
Na chegada, Zé Roberto disse que estava engasgado com as críticas, principalmente com a fama de “amarelonas” das meninas, que perderam jogos . Ele aproveitou para justificar uma das polêmicas frases (“A medalha é amarela, mas é amarelo ouro”) que disse como desabafo depois da conquista do ouro.
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– Era o momento de falar porque a gente já estava maluco com isso. A gente não aceitava essa situação. A minha intenção não foi ofender ninguém, foi mais um desabafo. No ano passado, sofremos desconfianças por parte da torcida e da imprensa. Me perguntavam se esse time não ia fechar. Eu dizia que era questão de tempo. Foi no momento certo que conseguimos ter a nossa maior força em todas as posições que podíamos almejar.
Em sua segunda carreata, Zé Roberto (campeão com a seleção masculina em Barcelona/92), disse que a hora é de comemorar. Ele não pretende voltar a treinar equipes de homens, quer ser “fiel às mulheres”.
– Fico muito feliz por participar de uma festança como esta depois de voltar da Olimpíada. Estou solto, leve e devolvendo uma medalha de ouro. É o dever cumprido. Somos privilegiados de viver esse momento.
As informações são do site Globoesporte.com.