Desde o apito final da vitória de 2 a 1 sobre a Coreia do Sul, dia 26, às 11h de um sábado, a seleção do Uruguai entrou em recesso. Promoveu uma parrillada e pouco se importou com as gordurinhas a mais. Seu próximo compromisso será apenas nesta sexta, seis dias depois. Até o início do jogo contra Gana, às 15h30min, terão passadas mais de 146 horas. É o mais privilegiado período de descanso entre os oito classificados. Sabem quem é o maior prejudicado? O Brasil.

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Dos 3 a 0 sobre o Chile, na segunda-feira, até a Holanda, amanhã, serão apenas 89 horas. Não à toa Dunga recomenda descanso total. Quer os jogadores de pernas para cima.

Menos mal que a Holanda não fica longe. Tem apenas cinco horas a mais do que o Brasil. Cinco horas podem fazer diferença? Depende, segundo o preparador físico Renato Schmitt.

Se a Seleção tivesse o generoso repouso dos guerreiros uruguaios, com 60% de tempo a mais, talvez até pudesse recuperar Elano a tempo de usá-lo nas quartas de final ou mesmo na semifinal, se for o caso.

Mas, no quadro geral, o que determina o descanso é a intensidade do trabalho e não o número de horas de folga. Quando o tempo é curto, existe o recurso de futevôlei e sessões de piscina com gelo.

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– Para aproveitar o tempo há treinos longos, com menor intensidade, ou curtos, de maior intensidade – ensina Schmitt.

A Alemanha também enfrenta a Argentina com vantagem de cinco horas. São os campeões da Copa de repouso.