A seleção brasileira de remo paralímpico encerra nesta terça-feira em Florianópolis uma nova etapa dos treinamentos voltados para os Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Mas, antes da competição, a equipe tem um importante desafio, a regata qualificatória da Itália, que será disputada nos dias 20 e 21 de abril, na cidade de Gavirate. O Brasil já está garantido em duas categorias paralímpicas, mas precisa classificar o último barco para estar com o time completo. E como a raia olímpica do Rio de Janeiro está passando por reforma, os trabalhos foram trazidos para a Capital catarinense.
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– Florianópolis foi escolhida por ter sido pioneira na modalidade, pela logística, mas também porque aqui temos a parceria com o pessoal do laboratório de fisiologia do exercício da UDESC, que nos auxilia muito nos treinamentos – explica Guilherme Soares, coordenador técnico da seleção brasileira de remo paralímpico.
Problemas de saúde não impedem luta
Os remadores já classificados competem nas categorias Skiff e Double. A disputa agora está na categoria 4+. São seis atletas para quatro vagas. O barco comporta quatro remadores: dois homens e duas mulheres.
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– Temos até o dia 8 de abril para definir o grupo e nem sempre são escolhidos os que têm melhor tempo ou são os mais fortes, temos que achar um equilíbrio – completa Soares.
Catarinense Josiane Lima é escolhida a melhor remadora pelo Prêmio Paralímpicos 2015
Aos 31 anos, a lageana Ana Paula Souza está ansiosa para garantir a vaga e participar da sua primeira Paralimpíada. Ana veio morar em Floripa há oito anos para tratar uma doença degenerativa que ataca o sistema imunológico. A remadora dedica a vida ao esporte pois precisa estar sempre ativa para evitar o atrofiamento da musculatura.
– Eu supero meus limites todos os dias. O remo surgiu como uma chance de melhorar a minha condição física, que era bem debilitada. Estou na seleção desde 2008. Me sinto uma vitoriosa e se depender de mim essa vaga será minha – conta a atleta.
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Quem também busca uma vaga é a experiente remadora Norma Moura. Aos 46 anos, a atleta que defende o Aldo Luz, de Floripa, já esteve nas Paralimpíadas de Pequim, em 2008, e Londres, em 2012. Ela espera viver de novo a emoção de representar o país numa Olimpíada.
– A largada é o mais emocionante, quando alinhamos os barcos e estamos ali, todos iguais – conta Norma, cujo problema degenerativo a impede de sentir dor.
Categorias do remo paralímpico
Skiff masculino (barco individual – ASM1X)
Skiff feminino (barco individual –ASF1X)
Double (barco para dois atletas misto – TAMix2x)
LTAMix4+ (barco para quatro atletas – dois homens e duas mulheres + um timoneiro
Seleção brasileira paralímpica de remo
Já classificados
Skiff masculino – Renê Pereira – PE
Skiff feminino – Cláudia Santos – SP
Double (misto) – Josiane Lima – SC e Michel Pessanha – RJ
Buscam vagas na categoria 4+
Ana Paula Souza – SC
Norma Moura – SC
Maria Carolina Neves – SP
Jairo Klug – SP
Frederic Mallrich – RJ
Eric Lima – PE
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