O Brasil perdeu para o Canadá por 4 a 3 nos pênaltis depois de um empate em 0 a 0 na prorrogação nesta sexta-feira (30). Com o resultado, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas de final do futebol feminino das Olimpíadas de Tóquio.

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O Brasil estava pouco inspirado ofensivamente. Os maiores destaques foram na defesa. Titular e presente do início ao fim em todos os jogos, Rafaelle repetiu o bom desempenho ao vencer quase todos os duelos pessoais rasteiros e pelo alto, e também aparecer no ataque com tempo de bola preciso em jogadas aéreas.

A parceria de zaga Érika também foi fundamental ao cortar sem falta um lance de profundidade de Deanne Rose na área, já nos 40 minutos do segundo tempo, e ainda cabecear uma das melhores chances do Brasil já no segundo tempo da prorrogação.

Os problemas das duas equipes — tanto quanto as qualidades — estavam claros: o Canadá sofria para sair jogando pelo chão e o Brasil não tinha coordenação no meio-campo. As principais jogadas tiveram base no entrosamento das duplas Lawrence e Beckie e Tamires e Marta. Aos 33, a árbitra Stephanie Frappart apitou um pênalti sobre Duda, mas anulou a marcação depois de consulta ao VAR.

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Protagonista incontestável da seleção brasileira, Marta não foi bem contra o Canadá. No primeiro tempo foi deixada por Pia muito presa, como meia pelo lado esquerdo, com uma grande responsabilidade defensiva. Sem aproximação de Tamires nas jogadas ofensivas, ficou mais solta no segundo tempo, caiu também pela direita, e aí as decisões erradas e o acúmulo de desgaste atrapalharam. 

A impressão é de que Pia não conseguiu tirar o melhor da camisa 10, que na prorrogação passou longe de qualquer disposição física que pudesse fazer a diferença.

Primeiro tempo

Cada equipe teve duas chances mais claras no primeiro tempo. As do Canadá em finalização de Quinn, por cima do gol, no rebote de Bárbara depois de uma cobrança de escanteio, e de Beckie com chute rasteiro após lançamento nas costas da marcação. 

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As do Brasil envolveram um chute de Tamires após assistência de Marta, também por cima do travessão, e uma conclusão de Debinha após tomada de bola da zagueira Vanessa Gilles.

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Segundo tempo

O segundo tempo começou meio igual. Rafaelle fez Stephanie Labbe trabalhar de um lado e Gilles acertou o travessão num cabeceio, ambas em cobranças de escanteio. Pia resolveu agir com a entrada de Ludmila. O volume ofensivo melhorou e os momentos de domínio aumentaram, mas ainda faltava conexão entre meio e ataque. Conforme o tempo foi passando e a perspectiva de prorrogação se anunciou, os times botaram o pé no freio, tentaram uma ou outra esticada de bola e não mais do que isso, inclusive nos quatro minutos de acréscimos.

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Prorrogação

As treinadoras não fizeram mudanças no intervalo do tempo normal para a prorrogação, mesmo com suas equipes desgastadas, o que fez com que a lógica do jogo não mudasse. Aos dez minutos, Pia colocou Andressa Alves. Bev Priestman também refrescou seu time com alterações. 

As melhores chances foram de Debinha em associações com as jogadoras mais descansadas do Brasil, Ludmila e Andressa Alves, e Érika num cabeceio em que a goleira Stephanie Labbe apareceu bem. O Brasil foi melhor, mas não fez gol.

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Agora o Canadá segue para a semifinal, que será na segunda-feira (2), às 8h, no Estádio Internacional de Yokohama, contra Holanda ou Estados Unidos, que jogam mais tarde para definir quem avança.

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