Seleção australiana acredita que pode surpreender

Em um grupo no qual os favoritos são Espanha e Holanda, a seleção da Austrália acredita que pode surpreender. O treinador australiano Ange Postecoglou afirmou no Congresso Técnico da FIfa que disputar uma Copa servirá como grande experiência aos seus jogadores. Ele diz também que será melhor jogar sem a obrigação de vencer (esta pressão estará sobre os ombros das seleções campeã e vice-campeã).

:: Acesse a página especial do evento

Chegada

“Chegaremos cedo no Brasil. Pretendemos chegar no dia 29 de maio. Para nós é uma viagem longa. Faremos um jogo contra a Croácia no dia 6 de junho e talvez mais algum.”

O que você sabe de Cuiabá, Porto Alegre e Curitiba?

“Visitamos elas depois do sorteio. O bom para nós é que não são longe de Vitória, nossa base, que é uma cidade bastante central. Será fácil de ir e voltar, o que é importante. Quando vimos os estádios, eles não estavam prontos,mas acho que estão progredindo. Estamos felizes pela nossa escolha de base.”

Preocupação sobre Curitiba

“Fifa disse que está tudo OK, então continuaremos assim.”

Técnico australiano desde quando…

“Nas últimas duas Copas tivemos técnicos holandeses. Antes disso, o último a comandar a Austrália em uma copa foi em 1974. Eu acho importante termos um australiano como técnico, fazia muito tempo. Acho que essa medida foi tomada justamente por ser uma mudança. Eu tenho muito sorte de ser essa pessoa e tenho uma grande responsabilidade por ser australiano.”

Time jovem. É um risco?

“Sim, é um imenso desafio, mas nós chegamos num época de mudar a geração de jogadores. Temos alguns nomes que se aposentaram ou estão jogando em um nível abaixo. Para nós será uma experiência fantástica, queremos jogar contra os melhores times do mundo e eles estão em nosso grupo. Nós acreditamos nesse jovens jogadores, eu acredito nos jovens jogadores e vejo que será uma grande experiência de montar um novo time para a Austrália. É um grande risco, mas às vezes um grande risco traz uma grande recompensa.”

Grupo

“Quando Chile, Espanha e Holanda jogam contra a gente, eles têm a pressão de ganhar para avançar de fase. Nós, não. E isso é bom para nós, pois não teremos pressão, ninguém espera que vençamos. Para a Austrália, às vezes nós jogamos melhor sem pressão. Nós podemos surpreender alguns.”

Grupo da morte: bom ou ruim?

“Eu não sei se há grupos fracos na Copa do Mundo. Da minha perspectiva, é um grupo difícil, o mais difícil. Do outro lado, nos dá a chance de surpreender. Ninguém nos daria uma oportunidade ou uma chance de progredir. Haverá pressão para os outros times, o primeiro jogo é logo Espanha x Holanda, é um grande jogo. Se um deles perde, ele não vai querer perder para nós. Teremos um time jovem, será bom para os jogadores ganharem experiência e se desenvolverem contra os melhores do mundo. O sorteio saiu assim e nós faremos o melhor possível.”

Temperatura e umidade pode alterar o resultado do torneio?

“Poderia, principalmente no norte. O sorteio foi OK para nós, estamos em cidades onde isso não deve ser um problema. Será um desafio para os times que jogarem lá, principalmente por conta do estilo que alguns times têm. Se você quer jogar um futebol rápido e dinâmico é mais difícil nessa condições. Eu acho que todos os times entendem as dificuldades e desafios. O negócio é a preparação dentro e fora do campo, que precisa ser bem feita.”

Pessoalmente, como se aproxima do Mundial

“Eu não estou nervoso, estou definitivamente animado. É por isso que treinamos, que jogamos. Eu sou uma pessoa sortuda, que pode viver o sonho de treinar em uma Copa do Mundo. Especialmente por ser no Brasil. Estive aqui em 2000 no Mundial de Clubes e jogamos no Maracanã. Brasil é um lugar especial. Eu acho que quando a Copa começar será um excelente torneio.”

Impressões de Floripa

“Muito boas. Cheguei aqui ontem à noite, após 27 horas de voo eu só procurei pela minha cama. Hoje de manhã eu dei uma volta e é uma cidade linda. Amei todas as cidades em que estive no Brasil. É muito parecida com a Austrália. Nós temos um clima quente, belas praias, as pessoas são muito relaxadas. Eu gostei daqui.”

O que gostaria de fazer aqui

“Um monte de coisas, mas é só futebol aqui. Até o fim da Copa é só futebol.”

Congresso

“Muito importante. Em um país como o Brasil nós sabemos que haverá desafios por conta das distâncias que teremos que percorrer, dos climas diferentes. É importante receber todas essas informações agora.”