A gestão pública nunca foi orgulho nacional, longe disso! Aliás, ouso afirmar, raros foram os momentos de plena satisfação dos contribuintes com obras e programas governamentais.

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A sociedade brasileira acostumou-se a observar – passivamente – a ineficiência estatal em diversas áreas (como saúde, educação, segurança pública, saneamento básico, economia, entre outras) como se essa dinâmica fizesse parte de um movimento natural que se repete rotineiramente, assim como os de rotação e de translação do planeta ou o efeito de Coriolis.

O resultado de tamanha acomodação e resignação social foi (e está sendo ainda hoje) registrado como o maior caso de corrupção da história mundial.

Provocou impactos profundos nas finanças públicas (causando a ruína de Estados brasileiros e a degradação social), a elevação de tributos, a modificação de direitos trabalhistas, parcelamento de remuneração de servidores, forte taxa de desemprego e consagrou a falência de um sistema contaminado pela flagrante ausência de probidade e de moralidade, cuja única lei vigente é a de Gerson (levar vantagem!).

É bem verdade que parte da sociedade continua inerte e responde solidariamente pela manutenção desse sistema. Há também os ¿chatos¿ que vivem propalando o “mimimi” inócuo pelos cantos, pois só o que fazem é reclamar. Por outro lado, há um crescente movimento de pessoas irresignadas com os níveis catastróficos de corrupção e a falta de ética.

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Essas pessoas buscam, de forma efetiva, chamar atenção para a importância do nosso papel como integrantes da sociedade, na medida em que podemos e devemos participar das decisões políticas, da fiscalização dos gestores públicos e, sobretudo, aguçar o nosso senso cívico e de coletividade.

Até porque, não espere por mudanças, se você continua fazendo a mesma coisa. Mude sua atitude, em casa, no trânsito, no trabalho, na vida!

*Marcelo Valões é servidor público e vive em Florianópolis

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