Seis pessoas suspeitas de participação na chacina que terminou com a morte de sete pessoas em Joinville, no Norte de Santa Catarina, seguem foragidas. Até o momento, quatro pessoas já foram presas. O crime aconteceu em janeiro deste ano.

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Entre as prisões, está um casal, localizado na última quinta-feira (4), em Flor do Sertão, município no Oeste de Santa Catarina. De acordo com o delegado Eliéser Bertinotti, responsável pelo caso, a mulher não é o desafeto e nem a mandante do crime, que segue sendo procurada. 

Ela e o companheiro fazem parte do grupo que invadiu o alojamento. O rapaz, inclusive, teria queimado o carro com as vítimas dentro, em um matagal do bairro Morro do Meio.

A mulher tem 19 anos e é natural de Guarapuava, no Paraná, enquanto o homem tem 33 e é de Itajaí, no Litoral Norte. Depois da prisão, os dois foram encaminhados à unidade prisional de Maravilha.

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Relembre o caso

As vítimas foram encontradas carbonizadas dentro de um Fiat Uno incendiado por volta das 10h do domingo, 8 de janeiro, no bairro Vila Nova. Inicialmente, 10 vítimas que moravam na mesma casa, no bairro Morro do Meio, estavam envolvidas. 

Seis delas foram encontradas com os corpos queimados. O imóvel também foi incendiado pelos autores do crime. Três pessoas conseguiram escapar dos criminosos. Um homem ainda estava desaparecido e o corpo dele foi encontrado cerca de um mês e meio depois.

De acordo com o delegado Dirceu Silveira Júnior, as vítimas eram de Palmas e Cruz Machado, cidades do Paraná, e trabalhavam em uma empresa terceirizada em Joinville. Da noite de sábado para domingo, teria acontecido o desentendimento fora da casa entre uma das vítimas encontradas carbonizadas e a mandante do crime, segundo o delegado.

Horas depois, os suspeitos foram até o local e atearam fogo no imóvel, como forma de retaliação pela discussão.

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No local, havia três carros pertencentes à empresa que foram usados para transportar as vítimas até uma estrada próxima ao fim da Rodovia do Arroz. Foi onde um dos veículos, um Fiat Uno, foi encontrado carbonizado com as vítimas dentro por moradores.

Sobreviventes

Em relação aos sobreviventes, o delegado afirma que eles também foram retirados da casa pelos agressores, porém, conseguiram fugir dos suspeitos em algum momento durante o trajeto para o local em que seriam mortos.

Os três não ficaram feridos e retornaram para casa. Em uma das últimas atualizações sobre o caso, o delegado responsável pelas investigações, Eliéser Bertinotti informou que, antes de serem carbonizados, um dos homens teria sofrido um corte profundo no pescoço, enquanto os outros cinco foram atingidos por tiros na região da cabeça, o que indica que os seis foram mortos antes do carro ser incendiado. Todas as vítimas já foram identificadas.

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