Após anular as sessões da Câmara dos Deputados que determinaram a continuidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), terá sua cassação pedida no Conselho de Ética da Casa.

Continua depois da publicidade

Servidores do Conselho de Ética já telefonaram para um deputado integrante do colegiado para que ele receba formalmente a denúncia por quebra de decoro parlamentar contra Maranhão. O requerimento de quebra de decoro parlamentar, em fase final de formulação por seis partidos, deverá ser baseado em artigos que pedem a cassação de mandato. Entre os apontamentos contra Maranhão, deverão constar “fraude às decisões da Casa” e “abuso de prerrogativas”.

Leia mais:

AO VIVO: as repercussões da decisão de anular o processo de impeachment

Continua depois da publicidade

Ainda há tempo de a Câmara se redimir do que foi feito, diz líder do governo

Renan diz a líderes que rejeitará decisão que anulou votação do impeachment

Em decisão monocrática, o parlamentar anulou, nesta segunda-feira, as sessões da Câmara que aprovaram, por 367 votos, o impeachment de Dilma Rousseff. Maranhão alegou que as bancadas não poderiam ter orientado o voto e que Dilma deveria ter se manifestado em plenário.

O deputado que foi contatado pelo Conselho de Ética informou que está de prontidão para receber a representação contra Maranhão. A expectativa é de que isso ocorra em torno das 18h. O clima é de indignação contra o presidente interino na Câmara. O entendimento é que ele não poderia ter tomado uma decisão de tamanho impacto entre as instituições do país “sem consultar ninguém”.

O apoio a Maranhão está vindo da bancada do PT. Líder do governo na Câmara, José Guimarães classificou o ato do parlamentar como “uma vitória da democracia”. Ele ainda sustentou que o impeachment teve vícios no andamento do processo.

Continua depois da publicidade

Leia todas as notícias de política