Língua que muda, porém o compasso é o mesmo: o das passadas sobre a capital de Santa Catarina. A cidade abriga neste domingo a Maratona Internacional de Floripa. Brasileiros e corredores de outros nove países vão percorrer 42,195km costeando o oceano que banha a ilha. Além dos locais, competidores profissionais e amadores de 26 Estados brasileiros disputam com participantes da América do Sul, Europa, Ásia e Oceania o posto no local mais alto do pódio e em diferentes categorias – há também a maratona em duplas e as provas de 5 e 10 quilômetros.

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O filipino Ebenezer Dimalanta, de 35 anos, é um dos que nasceram no outro lado do Meridiano de Greenwich e estará na pista para disputar a prova de 10 quilômetros motivado pelos amigos que moram em Florianópolis. Como todo o trecho é percorrido pela Beira-Mar Norte, o corredor vai encarar boa parte do trecho nas condições que mais gosta.

– Meu ponto preferido é a praia, por causa da rajada de vento e do cheiro da água salgada. Sinto-me fresco quando estou correndo perto da praia – conta o homem que pretende superar o percurso com o tempo entre 40 e 50 minutos.

Esta é a primeira edição da prova que entrou com força no vasto calendário de corridas de Florianópolis. O número é de 6 mil inscritos, em diferentes categorias e provas. A nova maratona também é um desafio novo ao argentino Eduardo Adrian Garcia. O empresário do ramo de hotelaria chegou a correr 42 quilômetros em Buenos Aires e havia desviado para o triatlo. O evento esportivo deste domingo vai marcar o seu retorno à prova clássica das corridas de rua mundial.

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– Vou fazer o que amo na Ilha da Magia. Adoro a corrida na Beira-Mar, acho um espetáculo. Estou contente, pois correr aqui sempre é um prazer. Meu objetivo é terminar a prova feliz e cumprir com a meta de correr a maratona. Eu sempre digo que a gente tem que correr uma maratona na vida – convida o hermano que tem a meta de completar a prova em 3h40min.

Provas para todos os fôlegos

Além das provas de distâncias inferiores, há também a possibilidade de dividir os 42 quilômetros da maratona com um parceiro. Como ainda não se sente em condições de fazer toda a extensão da prova sozinho, o equatoriano Pablo Ramírez Chacon vai encarar 21 quilômetros. Ele começou a correr por causa da família, há dois anos. O filho foi exemplo, a esposa foi junto também e neste domingo ele vai correr a primeira prova da vida. Confiança não falta ao corredor de 44 anos. Não apenas porque se sente preparado, mas porque gosta do percurso em Florianópolis.

– Meu ponto favorito na prova é a curva que passa por baixo da ponte Hercílio Luz. Esta é uma prova plana, com clima muito agradável e um visual espetacular – se anima o homem que quer terminar sua parte da maratona em menos de duas horas.

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Pablo terá um adversário que também fala espanhol. Wilter Hugo Silva Padilla é natural do Uruguai e trabalha em Florianópolis. Não apenas conhece o trajeto, pois o serviço é em um dos hotéis pelo percurso da maratona, como também tem seu ponto favorito e uma meta bem definida.

– O local em que mais gosto de correr é entre o trapiche da Beira-Mar até a UFSC, justamente por ser o trajeto utilizado em treinos uma vez por semana. O meu maior desafio será controlar meu ritmo de prova, porque pretendo baixar meu tempo. Nunca fiz a distância em provas de corrida, mas em triatlos, e sempre com duração acima de duas horas – comenta o administrador quer vencer os 21 quilômetros em 10 minutos a menos.