A maior tragédia da aviação brasileira completa seis meses amanhã. O vôo 3054 da TAM, que saiu de Porto Alegre pouco depois das 17h de 17 de julho de 2007, chegou em Congonhas, na Grande São Paulo, e não conseguiu frear na pista, atravessando uma avenida e se chocando contra um prédio da própria companhia, por volta das 19h. Entre os 199 mortos, havia 86 gaúchos.
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As famílias das vítimas reclamam da lentidão nas investigações. Dois inquéritos sobre o acidente estão em andamento. Um é policial, para identificar a responsabilidade, e outro, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. O filho do deputado Júlio Redecker, uma das vítimas do vôo, reclama que a TAM não participa das reuniões mensais promovidas pelas famílias. Lucas Redecker ressalta que os órgãos reguladores também dificultam as investigações, como é o caso da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, que ainda não depôs no inquérito.
A presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos, Sandra Ássali, lembra que muitas famílias estão procurando a Justiça dos Estados Unidos, pois lá os processos são mais rápidos. A medida é possível já que um dos mortos era americano e os escritórios têm representantes no Rio Grande do Sul. Sandra ressalta que a Justiça ainda não decidiu se irá ou não aceitar os processos dos brasileiros.
Uma equipe especializada do centro de prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos analisa em sigilo todos os fatores que podem ter ocasionado na tragédia. O relatório final só fica pronto daqui a quatro meses. A TAM informa que só irá se manifestar por meio de nota. Conforme a companhia, 33 famílias já fecharam acordos e receberam as indenizações. A empresa também preferiu não divulgar os valores das indenizações pagas.
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