Inovar. Este é o principal objetivo que desejam alcançar as escolas do Vale do Itajaí aptas a aderir ao ensino médio integral. Na lista de 20 estabelecimentos catarinenses encaminhada ao Ministério da Educação (MEC) pela Secretaria de Estado de Educação (SED) estão seis escolas de Blumenau, Itajaí, Bombinhas, Presidente Getúlio, Rodeio e Indaial – esta última ainda em construção.
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Em Blumenau a unidade escolhida é a Escola de Ensino Básico Max Tavares D’Amaral, localizada no bairro Itoupava Norte e que atende os ensinos fundamental e médio. Com 578 alunos – 125 do nível médio – e uma estrutura praticamente nova, o estabelecimento deve ter a confirmação de que terá o novo formato de educação para os adolescentes em outubro, quando o MEC vai oficializar a relação das escolas aptas. Para o diretor Arquimedes Alves dos Anjos, esta infraestrutura – reformada em 2012 – um dos diferenciais considerados para que a escola fosse uma candidata ao novo modelo.
– Nós fomos a única escola que atendeu a todos os requisitos do MEC: contemplamos acessibilidade, temos biblioteca, laboratório de informática, de ciências, refeitório, auditório e área para prática esportiva. Acredito que essa estrutura física contribuiu e também a questão da vulnerabilidade na comunidade que nós estamos, que também era um critério – avalia o diretor, revelando que a escola desenvolve uma boa parceria com a população do bairro, que vai desde a união nas ações e projetos desenvolvidos pela unidade até a abertura da escola para oficinas que atendem a todos, como as aulas de jiu-jitsu, judô e luta romana, que ocorrem no ginásio.
Novidade repercute de maneira positiva
A equipe da escola está empolgada com o novo modelo, conta Alves, e busca se preparar para receber a nova turma, já que o ensino médio integral será implantado na turma do primeiro ano de 2018 – e gradativamente nos anos seguintes. O gerente de Educação da Agência de Desenvolvimento Regional, Eliomar Russi, explica que a partir do momento que o programa estiver instituído esta será a única opção disponível na escola. Assim, o aluno que se candidatar a uma vaga para o ensino médio na EEB Max Tavares D’Amaral será matriculado na modalidade integral a partir do primeiro ano em 2018.
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Adaptações pontuais na estrutura e, principalmente, o ajuste na carga horária dos professores – e possíveis contratações – devem ser os movimentos mais significativos de mudança na escola, afirma Russi, destacando que a escola será modelo para a região na implantação deste novo modelo.
– A (escola) Max Tavares D’Amaral foi totalmente reconstruída em 2012 e deve ser uma referência para o Estado. Ela preenche todos os requisitos, tem até um andar que está ocioso e pode ser ocupado para essa nova proposta. As confirmações estão vindo e a partir de agora começam as reuniões, as formações e as tratativas com a comunidade escolar. Esse segundo semestre será de bastante planejamento para iniciar o modelo e, no futuro, podermos replicar para outras unidades.
Expectativa alta nas unidades
Diferente da EEB Max Tavares D’Amaral, que viverá uma experiência completamente nova com a implantação do ensino médio integral, outros estabelecimentos da lista já vivenciam esta realidade. É o caso da EEB Nereu Ramos, de Itajaí, que oferece a opção três dias por semana.
A diretora Beatriz Reynaud acredita que a escola foi selecionada para integrar a lista de candidatas a receber o respaldo do governo federal porque tem experiência e estrutura para atender as exigências do Ministério da Educação. Com 400 alunos, além do período integral, a escola também oferece o ensino médio técnico em Alimentos, que proporciona formação profissional aos estudantes.
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Outra unidade que vive esta realidade é a EEB Maria Rita Flor, em Bombinhas. Dos 693 alunos, 400 ficam o dia todo na escola três vezes por semana e, assim como a escola de Itajaí, também oferece o ensino profissionalizante em Turismo. A unidade busca parcerias para encaminhar os estudantes ao mercado de trabalho.
ENTENDA
Por que estas escolas foram escolhidas?
“Temos todas as condições físicas e pedagógicas, e a nossa escola hoje já trabalha com o ensino integral”
Beatriz Reynaud, diretora da EEB Nereu Ramos, em Itajaí
“Foi um anseio da área pedagógica, nós fizemos uma solicitação porque temos interesse em ter o ensino médio em tempo integral. Esse ano trouxemos o Magistério, que não tinha em Bombinhas”.
Sirlei Aparecida Manes, diretora da EEB Maria Rita Flor, em Bombinhas
“Estamos muito esperançosos e entusiasmados com essa nova proposta. A escola tem boa estrutura, bastante espaço, salas de aula e uma boa área se for preciso construir laboratórios”.
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Maristela Fava Cristofolini, assessora de direção da EEB Osvaldo Cruz, em Rodeio