Seis acusados no processo que investiga o mega-assalto à tesouraria do Banco do Brasil em Criciúma, no Sul do Estado, tiveram a liberdade provisória concedida pela Justiça. Eles são alvo no inquérito que apura o crime de organização criminosa. O roubo ocorreu em 30 de novembro de 2020. As informações são do G1 SC e da NSC TV.
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De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Criciúma, que faz parte da força-tarefa que acompanha as investigações, apesar da liberdade, foram impostas algumas medidas cautelares. Entre elas, o uso de tornozeleiras eletrônicas.
Três dos suspeitos foram soltos no dia 19 de novembro e já estão usando o equipamento, que está sendo monitorado pelas autoridades. Além disso, entre o grupo solto, há três mulheres, sendo que duas foram presas três dias após o crime.
Uma delas é apontada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) como companheira de um dos articuladores do crime.
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Mais 12 pessoas têm a prisão decretada pela Justiça
Mais 12 pessoas tiveram a prisão decretada nesta sexta-feira (26) por participação no assalto. A ação ocorreu durante a operação “Santa Forte”, que contou com apoio do Instituto Geral de Perícias (IGP) e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Uma pessoa segue foragida.
De acordo com o delegado Anselmo Cruz, as prisões fazem parte da segunda fase das investigações que apontaram a participação direta de 12 pessoas no assalto: 10 homens de São Paulo e um casal de Santa Catarina. Na primeira fase, 16 suspeitos já haviam sido indiciados por participar da organização criminosa responsável pelo roubo.
Ainda segundo a polícia, 10 das pessoas identificadas na nova ação já foram indiciadas pelo crime de organização criminosa na primeira fase.
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Os suspeitos devem responder por inúmeros crimes, previstos no Código Penal, segundo a polícia. Entre eles, manter vítimas como reféns, emprego de armas de fogo de calibre proibido, uso de explosivos, além de dano ao patrimônio, incêndio e uso de explosivos.
Eles também devem responder por latrocínio devido ao disparo que acertou um policial militar durante a ação. A Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Invsetigações Criminais (DEIC/PCSC) continua com as investigações.
Suspeitos mortos em Varginha não têm relação com crime de Criciúma, diz polícia
Em outubro deste ano, durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais, 26 pessoas, que supostamente faziam parte de uma quadrilha especializada em roubos a bancos, foram mortas em Varginha. Na época, a polícia mineira chegou a levantar a hipótese de que, entre os suspeitos, estariam pessoas envolvidas no assalto a banco em Criciúma, no ano passado.
Porém, segundo o delegado Anselmo Cruz, até o momento, não foram encontrados inídicios que apontam a relação entre os dois crimes.
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Relembre o assalto de Criciúma
O assalto ao Banco do Brasil em Criciúma ocorreu no dia 30 de novembro de 2020. Segundo a polícia, ao menos 30 pessoas, com dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas, invadiram a cidade e causaram terror aos moradores no que é considerado o maior roubo do tipo no Estado.
Armados, os suspeitos atacaram o 9º Batalhão da Polícia Militar com tiros nas janelas, bloqueio na saída com um caminhão em chamas e explosão acionada por celular. Pessoas também foram feitas de refém. Ao todo, a ação durou duas horas.
Além disso, houve troca de tiros entre a polícia e os criminosos, onde um policial militar foi baleado e ficou gravemente ferido.
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