Renda em alta, novas empresas chegando à região de Joinville e mais disponibilidade de recursos para financiamento imobiliário. O conjunto destes fatores está animando a indústria da construção civil.

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No primeiro trimestre, a Secretaria da Infraestrutura liberou alvarás para obras em 51 prédios e residenciais geminados. A área a ser construída é de 115 mil m2. No mesmo período do ano passado, o órgão tinha autorizado 44 empreendimentos, em uma área total de 59 mil m2. É um crescimento de 15,9% no número de empreendimentos e de 94,9% na área autorizada.

O predomínio é de empreendimentos de maior porte. A área média por obra autorizada passou de 1.340 m2, no primeiro trimestre de 2011, para 2.254 m2, nos três primeiros meses deste ano.

O grande foco da atenção das construtoras em Joinville é a nova classe média, que está à procura de imóveis entre R$ 100 mil e R$ 200 mil.

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– Há uma demanda grande em função do Minha Casa, Minha Vida -, diz Marco Antônio Corsini, da Construtora Roma.

A avaliação é de que este mercado ficará aquecido por muito tempo.

A fartura de crédito também está facilitando a expansão dos negócios. Segundo o Banco Central (BC), as concessões de novos empréstimos aumentaram 90,1% no primeiro bimestre em comparação ao mesmo período de 2011.

Outro motivo que estimula o setor é a economia aquecida.

– A consolidação dos portos no Norte proporcionou um crescimento industrial com a instalação de mais empresas às margens da BR-101. As áreas perto do Litoral passaram a ser alvo principal dos compradores de imóveis -, diz Sérgio Luiz dos Santos, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi).

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Consumidor

As empresas também estão percebendo uma mudança no comportamento do consumidor. A estratégia de comprar um carro com preço popular para evoluir de modelo periodicamente agora se encaixa para os imóveis. Se antes as pessoas pesquisavam para escolher uma moradia para viver por anos, a meta atual é não se importar em fazer mudanças.

– O investimento de hoje pode se transformar em um imóvel maior e mais completo em quatro anos -, diz o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Luiz Carlos Presente.

O engenheiro João Miguel Rodrigues dos Santos, da Alcance Engenharia, complementa dizendo que comprar um imóvel na planta pode representar uma valorização de 30%, ou mais, no final das obras.

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