Com sete vitórias e sete derrotas em casa e 43 pontos na tabela de classificação, chegou a hora da verdade para o Criciúma. A partida contra o São Paulo, neste sábado às 17h, é a última diante da torcida na temporada.
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>>> Acompanhe o jogo minuto a minuto a partir dar 17h
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A necessidade de conquistar os três pontos para seguir na Série A transforma um mero duelo futebolístico em uma batalha épica para o Tigre, que pode validar o esforço do ano inteiro e se manter entre os 20 melhores do país. A torcida tem consciência disso e esgotou os ingressos para apoiar o Criciúma neste momento de decisão.
Conhecedor de seu público, o técnico Argel Fucks não se surpreende com a demonstração de carinho e promete que sua equipe dará a vida em campo para recompensar a paixão que vem das arquibancadas. O treinador aposta em uma receita para conseguir um bom resultado e a permanência na elite: foco, pé no chão, sacrifício e concentração. Os torcederos carvoeiros que lotarão o Heriberto Hülse saberão a partir das 17h se a fórmula de Argel Fucks realmente funciona diante do São Paulo de Muricy Ramalho.
DC – Desde sexta-feira os ingressos estão esgotados para a disputa de hoje. A expectativa é que o estádio receba até 19.225 torcedores do Criciúma, a lotação máxima. É decisiva a participação da torcida neste momento?
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Argel Fucks – Para mim, não é novidade o torcedor vir incentivar a equipe e ser o nosso 12º jogador. Eu lembro do jogo do nosso acesso aqui em 2010, contra o Macaé, quando saímos da Série C para a B. O estádio estava completamente lotado e a torcida, como sempre fez, abraçou o time. Não vai ser diferente desta vez. Precisamos da vitória, é o último jogo do ano em casa e eu sei que o torcedor vai dar esse voto de confiança e de carinho e fazer a diferença.
DC – O Criciúma teve complicações judiciais por causa de um protesto da torcida e correu risco de perder o mando de campo para este jogo. Você tem algum pedido quanto ao comportamento da torcida para hoje?
Argel – Isso não cabe a mim. Eu não me meto nisso. Meu pensamento é cuidar do time, é colocar o que temos de melhor para o jogo.
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DC – Qual é o sentimento para entrar em campo em um jogo de vida ou morte?
Argel – Sabemos que será muito difícil, que pela frente temos uma equipe de muita qualidade e muito bem treinada. Mas a essa altura, não podemos escolher adversário. No Brasileirão, aliás, todos os adversários são duros. Então nós sabemos que teremos que ter um espírito de sacrifício, um espírito de entrega e um equilíbrio muito grande também. E temos que jogar futebol acima de qualquer coisa. Sabemos que é mais uma decisão.
DC – E desde a sua estreia tem sido assim, certo?
Argel – Para se ter uma ideia, quando chegamos aqui, em uma terça-feira, pegamos logo de cara o Atlético-MG em casa na quarta. Então para nós é mais um jogo decisivo, mais uma batalha, uma partida importante. A gente precisa fazer o resultado, dependemos disso. Mas temos que estar com os pés no chão, muito focados, concentrados e trabalhar muito. Aí sim, no final do jogo, poderemos dizer que somos merecedores da vitória. E vamos correr muito atrás disso.Pode até ser de coração, mas quando o torcedor Maurício Fernando Paixão canta que é do Sul para apoiar o Criciúma nas arquibancadas do Majestoso, ele não está exatamente dizendo a verdade. Ao contrário do que tende a maioria, apesar de ter nascido e crescido no Rio de Janeiro, a paixão do carioca é pelo tricolor do Sul de Santa Catarina.