Time que joga para segurar resultado dificilmente sai de campo com o placar almejado. Foi o que aconteceu ontem com o Real, em Ibirama. Numa partida de baixo nível técnico, na qual o Real procurou jogar até marcar o seu gol, o Atlético mais tranqüilo e organizado aproveitou os erros e a retranca dos blumenauenses para garantir a vitória por 2 a 1. Nestes momentos é preciso ter a serenidade do zagueiro Toni: “Não conseguimos segurar o resultado e agora não adianta fazer bobagem”, concluiu o atleta, embora entenda que a arbitragem tenha cometido alguns equívocos. Bate-boca No final do jogo, os presidentes do Real, Sérgio Barbosa, e do Atlético, Ayres Marchetti, discutiram em alto e bom som. Serginho deve enviar um ofício à Federação Catarinense de Futebol alegando que teria sofrido ofensas de Marchetti, que, por sua vez, desmente o dirigente blumenauense. Pagando o pato “O Real não quis jogar no segundo tempo e pagou caro por isso”. A frase é do técnico Gasperin, que lamentou os incidentes ocorridos do final da partida. “As equipes que vêm aqui não querem jogar, e o árbitro é obrigado a acrescentar tempo”, desabafou o treinador, que está preocupado com a imagem que se formou nos jogos disputados no Estádio da Baixada. Linha dura O problema das jogadoras do vôlei da Furb, de Blumenau, parece ser muito mais psicológico do que técnico ou tático. E para transformar esse quadro não poderia ter sido melhor a escolha de Carlos Henrique para comandar a equipe. Aos 39 anos, dos quais 19 dedicados a profissão, Henrique, que iniciou a carreira no Rio de Janeiro treinando a Supergasbras, depois o Bandeirante de Brusque e atualmente o Barão do Rio Branco, tem vivência suficiente que o credencia a desenvolver um grande trabalho. Disciplinador e exigente, não tolera corpo mole e quem não se enquadrar no seu estilo de trabalho dificilmente permanecerá no grupo. Tabu Carlos Henrique estréia no comando técnico do time da Furb no dia 4 de outubro no clássico contra o Bandeirante, que no fim de semana sapecou as blumenauenses outra vez. Foi na disputa do terceiro lugar do Torneio Paranaense, por 3 a 1, parciais de 29/27, 25/13, 22/25 e 25/22. A Furb não vence a equipe de Brusque desde a final dos Jogos Abertos de Chapecó, em novembro de 1999. Galeria O BANDEIRANTE de Brusque sempre teve tradição no basquete masculino. Nos últimos anos vem conquistando bons resultados graças ao empenho do incansável técnico Zurico que, além de montar e treinar o time, é uma espécie de manager. A história de Zurico frente à equipe iniciou nos anos 80. Em 1986, por exemplo, ele comandava um elenco que tinha (escalação não está na ordem da foto) Gil, Luizão, Falico, Rogério, Enchente, Paulo, André, Jolmar, Júlio, Pitti, Leo e Alemão. Olho vivo * Prejuízo: O lateral-direito Cleberson, do Real, considerado um dos melhores da Segundona, está em Curitiba tratando de uma lesão no púbis e não deverá jogar mais nesta temporada. * De novo: Não adiantou o discurso do técnico Domingos Sávio. O Águia do Vale iniciou o returno como terminou a primeira fase, empatando. * Apatia: A derrota de 2 a 0 para o Tupy, em Gaspar, deixou claro que o Brusque ainda não conseguiu superar a perda do título do Primeiro Turno. * Do professor: “A essência do futebol é o conflito”. Do jornalista Ruy Carlos Ostermann.

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