A Grécia insistiu nesta quarta, dia 21, que não vai permitir que seguranças estrangeiros carreguem armas para protegerem seus atletas durante a Olimpíada, no próximo mês, depois que o New York Times noticiou que Atenas faria vistas grossas à sua presença.
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O ministro da Ordem Pública George Voulgarakis disse que os seguranças que acompanharão líderes nacionais nos Jogos terão a permissão de carregar armas, mas isso não é relacionado aos atletas.
– Os líderes dos países têm protocolos específicos, que são separados e não relacionados à Olimpíada. São acordos bilaterais assinados há muitos anos – disse Voulgarakis em um comunicado e depois a repórteres. – Líderes, presidentes, reis, são uma coisa, e atletas são outra. A Grécia é responsável exclusivamente pela proteção dos atletas – informou.
Na quarta, o New York Times noticiou que os seguranças norte-americanos, israelenses e possivelmente britânicos teriam permissão para carregar armas na Olimpíada.
A Grécia recusa-se a permitir que as delegações nacionais olímpicas usem sua própria força de segurança armada para proteger os atletas, dizendo que sua constituição proíbe estrangeiros de usarem armas em solo grego.
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O embaixador norte-americano Thomas Miller disse que a segurança é uma questão relativa à Grécia e que não houve mudança na proibição de guardas armados para proteger os atletas.
– A segurança é uma responsabilidade grega. Estamos contando com o governo grego para a segurança. Não há nada de novo nessa história – disse ele.
Na Olimpíada de Inverno de 2002, em Salt Lake City, as primeiras depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, cerca de 14 países usaram seus próprios guardas armados para segurança.
A Grécia organizou o maior plano de segurança da história em uma Olimpíada, gastando mais de 1 bilhão de euros – quase quatro vezes a quantia gasta nos Jogos de Sydney, em 2000.
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As informações são da agência Reuters.