Segurança pública tem solução?
*Por Carlos Grendene
(Empresário e Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Joinville)
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O primeiro passo para a segurança pública, não só em Joinville, mas em qualquer lugar do mundo, é a prevenção. Pouco adianta transformar um problema no centro das atenções depois que a fatalidade, seja ela qual for, já tenha acontecido. Estar preparado, antecipar e manter uma atualização constante das diretrizes é o que realmente faz a diferença, principalmente quando se trata de segurança pública. Deixa de ser a necessidade de um indivíduo e passa a ser a necessidade do coletivo.
É por isso que, para que vejamos resultados significativos na melhoria da segurança, Joinville precisa, entre outras ações, aumentar consideravelmente seu efetivo policial. E isso não se restringe ao trabalho da polícia militar. Para que os próximos passos da região sejam na direção certa, precisamos de mais policiais militares nas ruas para inibir a ação de criminosos e de mais policiais civis para potencializar os processos de investigação na região.
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Isso significa que, num conjunto de ações mais imediatas, precisamos aumentar nosso capital humano. Esse é um déficit que custa muito caro para a comunidade joinvilense. Temos a mesma quantidade de efetivo policial há quase 20 anos, isso na realidade de uma cidade que praticamente dobrou de tamanho nas últimas duas décadas. Precisa melhorar.
Em contrapartida, também é nosso papel como cidadãos pensar em soluções inteligentes e eficientes para os problemas que mais afetam nossas comunidades. No caso da segurança pública, acredito que a educação dos nossos jovens tem um papel fundamental na estabilização de Joinville. Se começarmos a orientar nossas crianças já nas escolas, com turnos estendidos, atividades complementares e toda a sorte de opções para preencher o tempo, é certo que vamos diminuir, e muito, o nível de delinquência na região. É apenas um dos passos para melhorar nossa realidade, mas ainda assim, um passo importantíssimo.
Também devemos começar a pensar em uma revisão da legislação brasileira. Precisamos sim de punições mais severas para crimes hediondos, além de um sistema judicial que funcione mais rápido e com mais eficiência. Hoje em dia, grande parte dos processos fica engavetada por anos, meses, até que se tenha um desfecho definitivo. Isso não pode continuar.
Em nível regional, como presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, temos buscado por apoio constante do governo do Estado. Confiamos na palavra do governador Raimundo Colombo, que sempre recebeu nossas pautas de braços abertos. A CDL é procurada com bastante frequência por estabelecimentos comerciais, que dividem sua angústia pela falta de paz e segurança na nossa região.
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Especialmente agora, com a aproximação das festas natalinas, é necessária uma postura mais funcional dos nossos gestores públicos. Isso porque o índice de roubos e assaltos aumenta muito nessa época, pois as pessoas circulam com quantias maiores de dinheiro. Definitivamente, este é o momento de o governo olhar com mais atenção para a maior cidade de Santa Catarina, antes que nos tornemos reféns da criminalidade em Joinville.