As autoridades estaduais de segurança pública em Santa Catarina vão reforçar a proteção aos candidatos à Presidência que passarem pelo Estado durante o período eleitoral deste ano. A medida atende a um pedido da Polícia Federal, que é diretamente responsável pela segurança dos presidenciáveis nas eleições, mas que pediu ajuda neste ano devido à escalada da violência no país.
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A informação sobre o pedido de reforço da PF já havia sido revelada pelo colunista Ânderson Silva na última quarta-feira (13), dois dias após uma reunião que tratou do assunto. Agora, o Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, que reúne as policiais Militar, Civil e Científica, além do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), confirmou ao Diário Catarinense ter aceito prestar o reforço.
Não está decidido até aqui, no entanto, quantos agentes o Estado deve dedicar à segurança dos candidatos nem quais ações serão realizadas. Isso será discutido em reunião do Colegiado no próximo dia 25 deste mês.
Em outros Estados também houve pedido da PF por reforços, conforme mostrou reportagem da Folha de S.Paulo desta sexta-feira (15). Em ofício obtido pelo jornal, em que a direção da PF orienta as superintendências a buscarem ajuda, ela afirma que o “cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços, haja vista o acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos e os incidentes já registrados na fase de pré-campanha eleitoral”.
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No último dia 7, foi lançada uma bomba caseira próxima ao palco em que o ex-presidente Lula (PT) discursaria em um evento no Rio de Janeiro. Líder nas pesquisas, ele terá o maior efetivo da PF em sua proteção, o que atende a uma medida da própria corporação sobre como classifica riscos, também segundo a Folha de S.Paulo.
Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), em segundo nas pesquisas, não terá proteção da PF, mas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o que é uma atribuição legal da pasta devido ao candidato à reeleição já ocupar a Presidência.
A tensão pré-eleitoral já envolveu uma morte até aqui. No último sábado (9), o tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, foi morto por um polícial penal bolsonarista após uma discussão entre ambos na festa de aniversário de 50 anos da vítima.
A Polícia Civil paranaense diz que o bate-boca anterior ao homicídio teve motivação política, mas que não há provas até aqui de que o crime em si tenha sido cometido também por essa mesma razão.
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