A prioridade escolhida pelos leitores do Diário Catarinense em votação encerrada no mês passada será a causa do jornal por um ano a partir desta edição.

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Na próxima quinta-feira, com o Painel RBS, promovido por veículos do grupo, ganha mais força a campanha Segurança SC – Essa causa é nossa. A ação do DC pretende dar ênfase e chamar a atenção da sociedade para um assunto prioritário para os catarinenses.

A partir da causa, pretende-se, entre outros objetivos, diminuir a sensação de insegurança no Estado, com a melhoria dos índices de criminalidade. Além de cobrar avanços em políticas públicas, a campanha irá disseminar e incentivar as boas práticas em segurança.

Em encontro com especialistas da área, o jornal definiu que irá trabalhar o assunto a partir de três óticas: o antes, o durante e o depois da Segurança Pública.

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No eixo “antes”, incentivará a prevenção primária, educação integral, programa da prevenção de uso de drogas, conselhos comunitários, ente outros. A discussão do “durante” trará para as reportagens do DC o efetivo policial, combate ao tráfico, crime organizado, índices de criminalidade e estruturas das polícias. No “depois”, estarão em foco o sistema prisional, menores infratores e a atuação da Justiça.

A partir desses três pilares, foram estabelecidos os indicadores que serão perseguidos ao londo do período de um ano. Eles serão divididos com as autoridades das áreas envolvidas.

— Se compararmos Santa Catarina com outros Estados do país, há quem diga que a falta de segurança não é problema por aqui. Mas o crescente aumento dos índices de homicídios, do tráfico de drogas e a carência de efetivo policial e de vagas do sistema prisional fazem com que o catarinense queira ver soluções agora, enquanto Santa Catarina ainda não virou um Rio de Janeiro, São Paulo ou Maranhão — justifica a Gerente de Marketing e Produto do Diário Catarinense, Deca Soares.

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Os leitores poderão participar da campanha através de engajamento em redes sociais, debates e ações nas ruas. A campanha, que tem o apoio dos jornais de Santa Catarina e A Notícia, pretender envolver a população para que as resoluções de criminalidade sejam cada vez mais efetivas no Estado.

ACOMPANHE

O Painel RBS será transmitido ao vivo pela TV COM, no canal 36 da NET, pela rádio CBN Diário, no site dc.clicrbs.com.br e no G1 SC. O público poderá participar mandando perguntas pelo Whats App no número 48-9188-4044. Participe!

INDICADORES

Com a ajuda de especialistas, o Diário Catarinense estabeleceu indicadores a serem perseguidos durante o ano de cobertura. Os índices foram divididos em três óticas:

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Antes

Ações preventivas que auxiliem na redução dos índices de criminalidade a longo prazo:

Ampliar a atuação do Proerd para todas as faixas etárias

O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) da Polícia Militar de Santa Catarina, por exemplo, será um dos focos da campanha do DC, que pedirá o fortalecimento do projeto e inclusão da ação na grade curricular das escolas estaduais

Aumentar a relevância dos Consegs nas comunidades

Existentes em alguns municípios de Santa Catarina, os Conselhos de Segurança, conhecidos como Consegs, são considerados fundamentais por especialistas para o combate ao crime. Segundo o especialista em criminologia e coordenador do curso de Direito da Univali na Grande Florianópolis, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, os grupos fazem um trabalho importante ao ajudar a polícia como informações que saem de dentro das próprias comunidades

Adesão de instituições privadas e das pessoas em geral à causa

Um dos principais objetivos da campanha do DC é engajar a população na causa buscando efetivos resultados em curto, médio e longo prazo. Com o público preocupado e cobrando ações do poder público, os resultados podem ser mais imediatos.

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Aumentar o número de registro de pequenas ocorrências

Especialistas ouvidos pelo Diário Catarinense apontam que os casos não registrados são prejudiciais para a Segurança Pública catarinense. Entre os estudiosos do assunto, esse índice é chamado de cifra negra. Julga-se que 80% dos furtos pequenos, crimes sexuais e de violência doméstica não são registrados, o que diminui a poder de reação das polícias e a dimensão da real condição de segurança do Estado.

Durante

Ações imediatas para atacar a criminalidade em andamento:

Aumento do efetivo policial

As polícias Civil e Militar enfrentam grandes dificuldades de efetivos. Com 10,7 mil homens, a Militar deveria ter o dobro de homens. O mesmo ocorre que a Polícia Civil, que tem 3 mil profissionais atualmente. O Corpo de Bombeiros segue na mesma linha, precisando pular de 3 mil para 6 mil servidores. Novos policiais devem ser chamados para treinamento apenas em março de 2016.

Apreensão de drogas

Santa Catarina sofre com a frequente entrada de drogas pelas divisas e fronteiras. O tráfico ainda é apontado como fonte de renda do crime organizado, o que fortalece a criminalidade.

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Índice de confiança da população nas polícias

Pesquisa recente do Ibope mostra que em 2015 o índice de confiança do brasileiros nas polícias é de 50%. Com a bandeira, pretende-se aumentar estas estatísticas, melhorando a comunicação entre os cidadãos e órgãos de segurança.

Aumentar a atuação em conjunto dos agentes de segurança (PM, Civil, Exército, MP, PF, Justiça, PRF…)

É frequente em Santa Catarina a informação de que não há interação entre as polícias Civil e Militar. Além disso, já ocorreram críticas da falta de comunicação entre as forças de segurança para atuação no combate ao crime organizado. Por isso, a ação do DC pedirá a melhoria de relação visando efetividade na resolução de crimes.

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Depois

Ações a serem tomadas depois que o crime já ocorreu

Conclusão de obras nas penitenciárias

A Secretaria de Justiça e Cidadania promete chegar perto de zero o déficit no sistema prisional catarinense ao final de 2016. Atualmente, são 4 mil vagas que faltam nos presídios do Estado

Resolução de inquéritos de homicídios e número de homicídios

Com o melhor índice de homicídios do país em 2014, Santa Catarina tem neste ano um crescimento no número de mortes. Em Joinville, o número está em 110. Em 2014, foram 88. Esse aumento também ocorre em outras cidades do Estado, como Blumenau. A campanha pretende cobrar celeridade e melhores inquéritos para ajuda na diminuição de reincidência e maior condenação de envolvidos.

Ampliar e tornar efetiva a Defensoria Pública

Criada em 2013 em Santa Catarina, a Defensoria Pública ainda engatinha no Estado. Nem todas as cidades catarinenses são atendidas pelo projeto, o que deixa pessoas sem atendimento jurídico.

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Pesquisa de vitimização

Ouvir da a população quantos crimes foram sofridos e realmente comunicados para saber a relação de ocorrências e registros

Painel RBS discutirá segurança pública

Na próxima quinta-feira, os veículos do Grupo RBS vão transmitir ao vivo o Painel RBS sobre segurança pública que ocorrerá em Joinville, no Norte do Estado. O programa inicia às 15h, e terá a mediação do jornalista da RBS TV Rafael Custódio.

O debate será dividido em três blocos. No primeiro, vão participar representantes dos Conselhos de Segurança, da Secretaria de Segurança Pública e um especialista em educação. Eles vão falar sobre a importância da prevenção e trabalho de base para resultados a longo prazo.

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No segundo, vão estar representantes das polícias e da Secretaria de Segurança Pública para debater os efetivos, apreensão de drogas e redução de índices de criminalidade. Para finalizar, no terceiro bloco vão estar representantes do Ministério Público, Judiciário e da Secretaria de Justiça e Cidadania. Eles falarão do pós-crime, para a aceleração de processos, sistema prisional e outros assuntos.

O Painel pode ser acompanhado pelo site do DC, pela rádio CBN Diário, pelos sites dos jornais A Notícias e Jornal de Santa Catarina e pelo G1 SC. A cobertura completa estará nos jornais da RBS TV e no DC.

“Se compararmos Santa Catarina com outros Estados do país, há quem diga que a falta de segurança não é problema por aqui. Mas o crescente aumento dos índices de homicídios, do tráfico de drogas e a carência de efetivo policial e do sistema prisional fazem com que o catarinense queira ver soluções agora, enquanto Santa Catarina ainda não virou um Rio de Janeiro, São Paulo ou Maranhão” DECA SOARES, Gerente de Marketing e Produto do DC

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“Não devemos olhar só para o número de policiais. Precisamos olhar para a educação primária, com ações para crianças e adolescentes, e fortalecimento dos Conselhos de Segurança” ALCEU DE OLIVEIRA PINTO JÚNIOR, Especialista em criminologia e professor de Direito da Univali