Após apreender o celular de Mauro Cid a Polícia Federal (PF) descobriu que o tenente-coronel André Luis Cruz Correia estava em um grupo de WhatsApp com militares que defendiam um golpe de Estado e que faziam ameaças ao ministro Alexandre de Moraes. Correia fazia parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que atuava na segurança direta de Lula. As informações são do g1.
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Correia chegou, inclusive, a viajar recentemente para a Bélgica com o presidente Lula. Assim que descobriu a informação, a PF levou o caso ao Palácio do Planalto, que mandou demitir Correia. A descoberta aumentou o clima de desconfiança entre a PF e o GSI.
A Polícia Federam defende desde o ano passado que deveria estar encarregada da segurança presidencial. No entanto, para evitar o desgaste com militares, Lula decidiu por um formato híbrido, com a participação de civis, policiais e militares, mas com o GSI no comando.
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Integrantes do GSI afirmam que Correia não pode ser julgado por integrar o grupo sem saber se houve interação ou participação ativa dele nas conversas. Em contrapartida, a PF está incrédula pela desconfiança com o gabinete, visto que já tiveram integrantes envolvidos nos ataques do 8 de janeiro.
Além disso, houve o incidente em que Mauro Cid estava associado a um e-mail de ajudância de ordens da Presidência. O GSI anunciou uma investigação para o caso, mas o governo ainda não forneceu informações sobre quem é responsável pela situação ou pelo conteúdo do e-mail.
Os investigadores, inclusive, têm a informação de que Mauro Cid teria ajudado Correia a conseguir uma realocação da Bahia para Brasília — o que, de fato, aconteceu. O GSI afirma que não foi um pedido de ajuda, mas uma consulta sobre vagas disponíveis na capital federal. Correia só foi designado para a segurança de Lula no final de março, após os atos golpistas de 8 de janeiro.
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O ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos afirmou que Cid não tinha como ajudar Correia a entrar no gabinete. Questionado sobre a existência do relatório da PF que indica a presença de Correia em um grupo golpista, o general disse desconhecer a informação.
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— Não conheço. Não tinha [informações sobre o relatório da PF]. Eu acredito que não teria ajuda para ele [Correia] vir para cá [GSI]. Quem define quem vem para cá, de acordo com os critérios de seleção, é o comando do Exército. É o gabinete do comandante do Exército. [O ingresso no GSI] não é por indicação pessoal, não.
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Amaro dos Santos, confirmou a saída de Correia da segurança presidencial e disse que se trata de uma exoneração, não uma demissão. O general contou também que o GSI planeja uma reestruturação no órgão que deve ser publicada já na próxima semana.
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