Em meio a uma onda de assaltos a mão armada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em maio do ano passado, a reitora Roselane Neckel alertou que pediria ajuda das polícias Civil e Militar para atuar dentro do campus.

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Delicado e polêmico, o tema segurança é alvo de discussão antiga no campus de Florianópolis. O motivo está na jurisdição de quem compete atuar nessa área dentro da universidade.

Legalmente, a área é federal e, naturalmente, a segurança da área compete à Polícia Federal e ao departamento interno próprio de segurança, e não às polícias estaduais nem à Guarda Municipal.

Ouvido nesta terça-feira pelo DC, o tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, afirmou que a corporação tem sido chamada pela própria universidade para auxiliar nos casos de crimes dentro do campus. A PM, segundo ele, pode atuar também quando há situações de flagrante na área pública.

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A UFSC conta com um Departamento de Segurança Física e Patrimonial (DESEG). A ele compete a coordenação das atividades, planejamento, execução e avaliação de projetos e atividades na área de segurança.

Além disso, cabe ao departamento fazer investigações e registros de anormalidade como furtos e roubos e atuar em postos de segurança nas entradas e vias de acesso. A equipe conta com servidores e veículos e costuma ser vista em ações pelo campus.

Mas, diante da realidade de 35 mil pessoas em circulação pelo campus diariamente, o assunto ganha proporções maiores. Isso porque há problemas como a criminalidade dentro e fora da área e outras queixas menores como a perturbação do sossego causado na vizinhança em razão de festas.

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O tema ganhou polêmica com a proposta de cercamento do campus, em 2013. A reitora, em entrevista ao DC na época, afirmou que, com a medida, a instalação de câmeras e a melhoria da iluminação, as polícias estaduais também seriam chamadas para ajudar na proteção das pessoas.

Agora, com a ação da Polícia Federal que acabou com tumulto no campus, o tema novamente está no centro de uma polêmica que está longe de ser definitiva.