A ameaça que representa a facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) ao Estado, com a onda de atentados, fez a segurança pública exibir à cúpula do Judiciário, numa apresentação em power point, dados internos sobre esses criminosos. O objetivo é tornar mais ágil os pedidos policiais como escutas telefônicas e as ordens de prisão.

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O secretário da Segurança Pública (SSP), César Grubba, que é promotor de Justiça, buscou sensibilizar desembargadores e juízes a respeito da ação da facção. O encontro ocorreu na segunda-feira, no Tribunal de Justiça (TJ/SC), em Florianópolis.

– Foi para aproximar o Judiciário, Ministério Público e a segurança. Nos mostraram desde a gênese dos primeiros trabalhos da Polícia Civil para identificar a facção e o problema que ela representa hoje a Santa Catarina – comentou o juiz Alexandre Takaschima, da Corregedoria do TJ/SC.

Após o encontro, dois desembargadores pediram ao secretário a formalização dos pedidos. De acordo com Takaschima, a presidência do TJSC se manifestou que vai auxiliar na solução da crise como parceira na mobilização.

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A Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) anunciou que pretende fazer um encontro com juízes que atuam na área criminal para avaliar a questão e levantar sugestões que possam contribuir e evitar situações como as que o Estado está passando.

Entre as reivindicações estão a criação de uma Vara exclusiva para julgamento de casos relacionados ao crime organizado e uma de Inquéritos com atuação prioritária também em relação ao crime organizado.

Nos próximos dias, deverão ser encaminhados à Justiça pedidos de transferências dos principais criminosos do PGC, que serão feitos pelo Departamento de Administração Prisional (Deap). Eles serão removidos para o isolamento previsto no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) em prisões federais.

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