Um dos locais mais desejados pelas crianças é o parquinho da praça ou do playground do condomínio, tanto pela diversão nos brinquedos quanto pela interatividade social. Mas os pais precisam ficar atentos com alguns pontos para evitar acidentes com os pequenos.

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Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que, desde 2008, quase 4 mil crianças de até 14 anos foram internadas no Sistema Único de Saúde (SUS) apresentando quedas ocorridas nestes espaços. Os casos fatais, de 2008 a 2013, somam 18 registros.

Pouco conhecida da população, a Norma 16071 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), revisada em 2012, apresenta recomendações para os fabricantes dos equipamentos, os projetistas de playgrounds e os responsáveis pela manutenção desses espaços. São recomendações como a área de circulação ao redor do parquinho, sobre os cantos arredondados dos brinquedos, os acabamentos das roscas de parafusos e as barreiras de segurança.

– É um assunto preocupante, pois estes locais precisam ser seguros, mas, infelizmente, muitos estão em condições ruins. E tem dois pontos: a falta de manutenção e os projetos dos parquinhos – destaca Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, de São Paulo.

A ONG lançou em julho deste ano uma campanha chamada Quero Meu Parquinho Seguro. O objetivo da ação é dar visibilidade à norma da ABNT, para que ela passe a ser usada como referência.

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Gabriela também aponta que além dos parquinhos em praças os pais precisam ficar atentos aos espaços semelhantes em condomínios:

– A segurança deveria ser um critério de escolha, uma coisa que a gente tenta trazer bastante em nossas campanhas. E também deve ser uma preocupação na hora de adquirir um produto infantil, comprar um enxoval ou um carro, por exemplo. Não somente pela beleza.

Espaços como shoppings centers também devem contar com atenção integral de pais e acompanhantes de crianças. Circulam na internet vídeos em que os pequenos aparecem sofrendo algum tipo de acidente, geralmente relacionado às escadas rolantes.

– A escada rolante é o principal ponto, com aquele guarda-corpo. Crianças são curiosas, podem se jogar pra frente. Criança no colo também é perigoso. É necessário muita atenção e devemos estar sempre de olho – ressalta a coordenadora da organização não-governamental.

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Ela aponta ainda que pais e acompanhantes conectados em celulares colaboram para a distração. Calçados emborrachados e lisos também são perigosos e devem ser evitados.

Para ajudar os responsáveis pelos pequenos a verificar se o local que frequentam é seguro, a ONG Criança Segura separou algumas dicas para uma inspeção rotineira do ambiente:

– Verifique se a estrutura não tem trincas, deformação, afrouxamento ou rompimento.

– Observe o acabamento, se há falta de revestimento, ferrugem, corrosão, lascas etc.

– Veja o estado dos componentes consumíveis, se há peças ausentes, deformadas, rompidas, ganchos gastos ou abertos.

– Examine as quinas dos brinquedos, se existem protuberâncias, pontas agudas ou cantos afiados.

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– Note se as barras, corrimãos ou barreiras estão vergados, rompidos ou afrouxados.

– Analise se as partes móveis estão com rolamentos gastos, se falta lubrificação ou há emperramento ou barulho excessivo.

– Certifique-se que os pisos, degraus e apoios de pé não tenham partes faltando, quebradas ou com falta de superfície antiderrapante.

– Observe se os assentos dos balanços estão danificados ou com peças sem firmeza.

– Veja se bueiros, buracos e canais próximos ao parquinho estão bloqueados.

– Caso você observe alguma situação que possa representar perigo para as crianças, entre em contato com o responsável pelo parquinho ou com a prefeitura da sua cidade.

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*Este conteúdo foi produzido pelo Estúdio NSC Branded Content para a Orsegups.