As eleições de 2022 vão marcar a estreia da 13ª versão da urna eletrônica no país, que terá mudanças significativas de design, processamento e acessibilidade. Segurança, auditabilidade e transparência foram reforçadas, em movimento de resposta aos ataques sobre a confiabilidade do processo eleitoral.
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O pleito deste ano será o primeiro com a UE2020, versão idealizada há dois anos e que estará em ação junto com outros cinco modelos, sendo o mais antigo deles de 2009. A nova versão é menor e tem um processador 18 vezes mais rápido do que o modelo anterior, de 2015.
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A partir dela, a sintetização de voz, que auxilia pessoas com deficiência visual, foi aprimorada e passará também a ler os nomes de suplentes e vices. A tela ainda irá exibir a apresentação de um intérprete de Libras para indicar os cargos em votação a cada etapa. Isso será aplicado também nos modelos mais antigos de urnas.
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Em termos de segurança, todas as versões são iguais, com 31 camadas de proteção, que vão do processo de fabricação do aparelho à transmissão dos resultados, segundo lista o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cada urna conta com uma moderna cadeia de criptografia de dados e assinaturas digitais, o que dá identificações próprias a ela e a cada etapa do processo de preparação e votação. Isso também garante que ela só execute programas do TSE e consolide dados autenticados. Assim, todo o processo é auditável.
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Se alguém tentar trocar um componente ou instalar um programa malicioso, por exemplo, a urna já não funciona, por não reconhecer o elemento estranho. Uma adulteração no resultado ao final da votação também seria facilmente desmentida a partir dos registros que ficam protegidos nas urnas.
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A segurança do perímetro criptográfico do aparelho, responsável por isso tudo, passou agora também a contar com certificação do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), uma autarquia vinculada à Presidência da República, por atender a critérios da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
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A Justiça Eleitoral tem colocado as urnas à prova diante de outros atores externos às eleições, justamente para reforçar a segurança do equipamento. Desde 2009, é feito o Teste Público de Segurança (TPS), em que especialistas e hackers são convidados a tentarem violar as barreiras de proteção dos aparelhos de votação.
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Ao longo de todo o processo eleitoral, as urnas também são submetidas a auditorias internas do TSE, de cidadãos, de partidos políticos e candidatos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público, entre outros órgãos.
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Na última terça-feira, dia 30 de agosto, em uma dessas etapas, entidades interessadas, que incluiu as Forças Armadas, puderam assinar digitalmente o sistema que o TSE irá executar nas urnas e que agora está lacrado fisicamente na sala cofre do tribunal. Se houver qualquer eventual alteração na ocasião da votação, isso poderá ser checado.
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— Assinando digitalmente, as entidades, por meios próprios, podem verificar que os programas utilizados nas eleições são aqueles mesmos que eles assinaram e lacraram aqui — explicou o coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo.