O senador catarinense Esperidião Amin (Progressista) vai acompanhar familiares das vítimas da tragédia com o avião da Chapecoense em uma audiência nesta terça-feira (20), em Brasília. Em entrevista ao Notícia na Manhã, Amin disse que a seguradora está enrolando e por isso é preciso pedir a intervenção do governo federal.
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O parlamentar alerta para uma cláusula do seguro da Lamia que excluiria, do seguro, acidentes na Colômbia e na Bolívia:
— O que me chamou atenção foi uma chamada cláusula de exclusão da apólice seguro caso o voo fosse para da Colômbia ou para a Bolívia, que é a sede da empresa. A empresa era boliviana, como é que pode haver uma cláusula de exclusão da apólice de seguro que cobre o voo de uma empresa boliviana dizendo que não paga no caso de um acidente na Bolívia? É uma safadeza.
Amin acrescenta que, como a Lamia era uma companhia aérea indicada pela Conmebol, a entidade que controla o futebol sul-americano também tem responsabilizada.
— Pessoas de boa fé embarcaram em um avião de uma empresa, entre aspas, credenciada pela Conmebol, na mesma aeronave que transportou equipes e seleções, como a Argentina. E não era um jogo amador, um amistoso, um jogo entre amigos. Era uma final sul-americana. E através desse elo, chamar também a CBF.
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Amin endossa a irritação de Romário na última audiência no Congresso:
— Eu participei das duas últimas audiências na comissão de relações exteriores e de defesa nacional e subscrevi dois requerimentos solicitando a participação do Ministério da Justiça. Na última audiência, o representante da seguradora, que é na verdade um grande conglomerado internacional, um advogado inglês, fez com que muitos de nós perdemos a paciência. O senador Romário, com a autoridade de quem foi jogador de futebol, e a senadora Leila, que foi da seleção de vôlei, perderam a paciência. O Romário expressou muito bem: vocês estão enrolando.
Ouça a entrevista: