Um segundo suspeito de matar o motorista de aplicativo Luís Cesar de Camargo foi preso nesta quarta-feira (14) em Campo Alegre, no Norte de Santa Catarina. O corpo da vítima foi encontrado na última terça-feira (13) após nove dias desaparecido, desde quando o homem saiu de casa, em São Bento do Sul, para trabalhar.

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Uma pessoa já havia sido presa temporariamente em Itapoá, logo após o corpo ser encontrado, pela suspeita de envolvimento no crime. O segundo suspeito foi preso durante a manhã na casa de familiares.

Segundo o delegado Gil Ribas, responsável pelas investigações, o homem tentou fugir pelos fundos da casa, em uma área de mata, assim que viu os policiais se aproximarem da residência. No entanto, ele desistiu e se entregou sem oferecer resistência física. O celular do suspeito também foi apreendido.​

— Agora continuamos com diversas outras diligências para esclarecer outras circunstâncias, até porque, em virtude do prazo da prisão preventiva, temos um tempo determinado para terminar o inquérito. Queremos concluir em um prazo de 30 dias — conta o delegado.

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Sem vínculo anterior ao crime

O corpo de Luis Cesar foi localizado em uma estrada rural no distrito de Pirabeiraba, em Joinville, na noite de terça-feira. Equipes da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML) estiveram no local para recolher a vítima.

O delegado afirma que as investigações apontam que o motorista de aplicativo e os dois suspeitos não tinham nenhum vínculo anterior ao crime. De acordo com Ribas, Luís Cesar trabalhava com um aplicativo, mas a chamada para a viagem com os suspeitos teria acontecido por fora da plataforma.

— É muito comum aqui que esses motoristas de aplicativo divulguem o próprio WhatsApp e as pessoas mandam mensagem perguntando quanto cobra para levar de um lugar a outro. Muito provavelmente foi isso [que aconteceu] — explica.

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Viagem inesperada no domingo

Luís é casado com Edineia Hable e pai de quatro filhos. Segundo a esposa, a família estava em casa no domingo e o marido não planejava sair para trabalhar. No entanto, após o almoço, a mulher disse que levaria a filha no parquinho e o homem avisou que havia surgido corridas de aplicativo para fazer.

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Edineia conta que Luís iniciou o turno por volta das 14h e que, às 17h, já tinha uma viagem agendada de São Bento a Campo Alegre. Porém, ela consultou as últimas viagens do marido pelo aplicativo, onde mostrou que a última tinha acontecido às 15h30. Antes disso, ela tentou contato por telefone.

— Quando voltei pra casa [do parque], ele já tinha saído. De costume, os horários dele voltar é dez da noite ou, no máximo, trabalha até meia-noite. Mas deu meia-noite e ele não chegou e comecei a ficar preocupada — lembrou Edineia.

A mulher ainda comentou que não costuma entrar muito em contato com o marido durante o trabalho, já que teme atrapalhá-lo em meio as corridas. Mas, por volta das duas horas da madrugada, enviou uma mensagem pelo WhatsApp perguntando se estava tudo bem.

Como o recado não foi entregue, resolveu ligar e, mais uma vez, o telefone não chamou. Edineia esperou a delegacia abrir e nas primeiras horas de segunda-feira (5) registrou um boletim de ocorrência do desaparecimento.

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