No mesmo dia em que o governador Carlos Moisés amanheceu com uma operação da Polícia Federal na Casa d’Agronômica investigando a compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões, o pedido de impeachment por esse mesmo caso teve o andamento antecipado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
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A comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment, que é o segundo a tramitar na Casa, teria a sua primeira reunião somente na semana que vem, mas o encontro foi antecipado para as 8h desta quinta-feira (1º). A decisão de antecipar a reunião foi confirmada pelo presidente da comissão, o deputado Fabiano da Luz (PT), que recebeu a defesa da vice-governadora, Daniela Reinehr. Os advogados de Moisés entregaram a argumentação nesta terça (29) à tarde.
Com o recebimento das defesas, na sessão desta quinta os nove deputados que integram a comissão vão iniciar os trabalhos. Relator do processo, o deputado Valdir Cobalchini (MDB) terá o prazo de cinco sessões para apresentar o relatório defendendo ou não a continuidade do processo de impeachment. Com isso, a expectativa é de que a votação na comissão ocorra no dia 14 de outubro – mesma data prevista para a votação do Tribunal de Julgamento que está avaliando o primeiro processo de impeachment, que se for aprovado causará o afastamento do governador e da vice por até 180 dias.
O novo pedido de impedimento foi apresentado no dia 10 de agosto e denuncia Moisés por crime de responsabilidade no caso dos respiradores que foram pagos de forma adiantada e nunca chegaram ao Estado. Dos 200 equipamentos, só 50 foram entregues – e de um modelo diferente que não servia para os pacientes com covid-19 nos hospitais.
A denúncia acusa o governador de ter prestado informações falsas à CPI dos respiradores, além de não ter adotado medidas administrativas contra os ex-secretários Helton Zeferino e Douglas Borba, também envolvidos na compra. A vice-governadora é citada no pedido de impeachment por ter se omitido no caso.
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