Os explosivos usados para matar três pessoas e ferir pelo menos 180 na maratona de Boston, ontem, estavam provavelmente dentro de uma “panela de pressão”, que disparou estilhaços em direção às vítimas que estavam na proximidade dos estouros. As informações são da polícia de Boston.

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Os agentes explicaram que as bombas foram colocadas dentro de duas mochilas pretas deixadas próximo ao público que estava na linha de chegada da maratona. A emissora de TV CNN afirmou que os explosivos usados – dinamite e explosivos plásticos – não podem ser considerados avançado.

Cirurgiões de diversos hospitais da cidade afirmaram, em coletivas, que os dispositivos usados para o ataque foram aparentemente carregados com objetos metálicos afiados, “como pregos”, projetados para ferir os espectadores e corredores da maratona.

– A bomba obviamente foi colocada bem próximo ao chão, por isso a maioria dos ferimentos ocorreu nas extremidades inferiores das vítimas – explicou George Velmahos, chefe do setor de traumatologia do Hospital Geral de Massachusetts.

Velmahos afirmou que oito pacientes estão em estado grave e que quatro tiveram seus membros inferiores amputados.

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– Muitos deles possuem ferimentos graves nas partes inferiores de seus corpos, ferimentos causados por pequenos fragmentos metálicos que entraram em seu corpo, como pregos, estilhaços, pedaços de metal – indicou Velmahos à imprensa.

Os novos detalhes sobre os exposivos vieram à tona enquanto o presidente Barack Obama anunciava na Casa Branca que o FBI investigava as explosões como “um ato de terrorismo”. O presidente, no entanto, disse que ainda existem dúvidas se o ataque foi de autoria de uma pessoa apenas ou de um grupo, e não se sabe se são estrangeiros ou americanos.

Duas das três pessoas mortas no atentado foram identificadas por parentes hoje: Martin Richard, menino de 8 anos que vivia em Dorchester, e Krystle Campbell, 29 anos, moradora do subúrbio de Arlington. A polícia ainda não identificou a terceira vítima.