Em dez anos, a população evangélica de Joinville foi a que mais cresceu. Em 2000, os declarados evangélicos representavam 22,49% do total de habitantes. Em 2010, foram 28,33%, segundo os dados do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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No proporcional, teve acréscimo de 5,84%. Na contramão estão os católicos, que tiveram um aumentos de praticantes de apenas 6,72% em dez anos e, no proporcional, caíram 8,07% – hoje, 65,57% dos joinvilenses é católico, contra 73,34% de 2000. Os números seguem a tendência nacional e estadual.

No Brasil, os evangélicos eram 15,4% da população em 2000 e, no último censo, passaram para 22,2%. Já o número de católicos caiu de 73,92% para 64,99%. Em Santa Catarina, os evangélicos passaram de 14,98% para 20,04% e os católicos foram de 80,95% para 73,31% (mesmo assim, ainda é um dos Estados com maior número de católicos).

A grande diferença em Joinville foi a queda dos chamados Evangélicos de Missão. O maior grupo deste é o Luterano, que representava 6,14% da população em 2000 e, em 2010, passou para 4,11% (queda de 2,03% no proporcional). Entre as pentecostais (que aumentaram 4,64% no proporcional), quem mais cresceu foi a Assembleia de Deus. Passou de 6,63% (28.424 pessoas) em 2000 para 10,87% (55.597) em 2010.

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Outras religiões que caíram foram a Congregação Cristã do Brasil (0,22%) e Universal do Reino de Deus (0,27%). Conforme o cientista social, Belini Meurer, o crescimento das igrejas evangélicas pentecostais em detrimento da Católica e das evangélicas de Missão, como a Luterana, se dá porque essas religiões estão baseadas na teologia da prosperidade e não da salvação.

Dessa forma, suas doutrinas proporcionam aos fieis a sensação de solução imediata para os problemas. “Se Deus está contigo, você terá melhores condições” em oposição a católica de que “se você for uma boa pessoa irá para o céu”.

Houve aumento significativo também entre os espíritas. Apesar de ter um aumento de representatividade de 0,5%, o número de adeptos dobrou – foi de 3.002 em 2000 para 6.202. Já os que se declaram sem religião (ateus e agnósticos) passaram de 8.656 para 14.857 (aumento de 6.201 ou 71,64%).

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