A São Paulo Fashion Week começa com uma bela apresentação de Isabela Capeto. Não sei se é impressão minha, mas os estilistas parecem mais adultos, mais elegantes. Por aqui, fala-se muito na crise. Fazendo com que as peças clássicas sejam apostas mais seguras, sem riscos de estacionar nas araras.

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Então, até mesmo Isabela, famosa pelo visual de feito à mão, puxou o freio. Inspirada no universo viking, ela mostrou roupa para quem vai passar frio de verdade. Os tricôs de pontos grossos (fez até aquele primeiro ponto que a gente aprende quando começa a tricotar, o ponto arroz), que outros criadores também desenvolveram, fizeram sucesso com o público.

Calças retas e estampas que misturam cores harmonicamente também provocaram suspiros. Uma das estampas que mais tem a cara da marca é a de quadradinhos coloridos. Os vestidos vaporosos que eram assunto de Isabela, inclusive no inverno, não pisaram na passarela desta vez. Adotou outras formas, mais próximas a silhueta, e utilizou os babados de outra maneira, lembrando o trabalho do plissado.

A coleção continua fresca, mas menos leve. Mesmo que tenho usado bem menos aplicações. O final, com pretos, metais e xadrez de gabardine de lã, mostrou como a estilista se aprimorou nos cortes. Ao que parece, ela está de olho em um público não tão alternativo como de costume.

Hoje ainda tem desfile do Ronaldo Fraga, o feminino de Alexandre Herchcovitch, Forum Tufi Duek, Do Estilista e Lino Villaventura.

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