Sem apresentar toda a documentação exigida para abrir as portas e receber o público com bandas ao vivo, quatro casas noturnas de Joinville tiveram de cancelar as atividades até que as pendências sejam resolvidas.

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As irregularidades foram apontadas entre a manhã e a tarde desta terça-feira em vistorias da força-tarefa coordenada pela Prefeitura na fiscalização de estabelecimentos. A Sociedade Alvorada foi interditada pela Polícia Civil e notificada pela Seinfra até que o projeto de combate a incêndio seja aprovado pelos bombeiros voluntários.

O projeto de 2005 estaria adequado para a casa funcionar não fosse um novo espaço construído posteriormente. O presidente da sociedade, Agostinho Rausis da Rosa, disse que enviou o novo projeto aos bombeiros na segunda-feira e irá aguardar a aprovação para reabrir. Mais três estabelecimentos foram proibidos de abrir ao público enquanto não forem regularizados.

É o caso da Expresso Choperia, no Centro; o Footbar, no bairro Atiradores; e o Bar Pixel, no bairro Santo Antônio. Nos bares notificados, os fiscais observaram que os alvarás expedidos não previam espaços com bandas no palco e dança.

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Na prática, isso obriga os donos a readequarem as saídas de emergências e rotas de fuga dos espaços com base em novos projetos que precisam ser avaliados pelos bombeiros. Só com alvarás próprios para funcionarem como danceterias será permitido que os bares reabram as portas.

O Footbar também terá de buscar autorização da Polícia Civil e da Seinfra para contar com música ao vivo. A casa também deve apresentar ao Crea a anotação de responsabilidade técnica (ART) por uma mudança recente na fiação elétrica.

A Expresso Choperia terá de colocar em dia um alvará vencido da Seinfra, além de providenciar a ART do laudo de execução acústica. No Bar Pixel, a maior preocupação da direção é a estrutura da casa – o espaço é restrito e ainda não se sabe como seria providenciada uma segunda saída de emergência.

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Apesar de notificada por depender de um atestado de vistoria dos bombeiros no projeto do estabelecimento, a Sociedade Vera Cruz, no Floresta, deve ter tempo hábil para colocar a documentação em dia até o fim de semana. Não foram apontadas outras irregularidades na casa.

As vistorias de ontem cumpriram a segunda rodada de fiscalização da comissão formada pelas polícias Civil, Militar e Federal, além dos bombeiros, Crea e órgãos municipais. Na semana anterior, as principais irregularidades se concentraram em duas casas – um bar da Visconde de Taunay, que não pode funcionar por ordem judicial, e uma boate na avenida Procópio Gomes, que tem direito a abrir por uma liminar.