Realizado há mais de 1,1 mil anos no Japão e desde 1979 no Brasil, o festival japonês Tanabata Matsuri, também conhecido por Festival das Estrelas, acontece das 11h às 19h nesta sexta-feira e sábado, 8 e 9 de julho, no Museu Histórico de SC, localizado no Centro de Florianópolis.
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A segunda edição do evento, que é promovida pela Associação Nipo-Catarinense e pelo Consulado Geral do Japão em Curitiba, celebra a manutenção da cultura nipônica no Estado e no país — em Florianópolis, as entidades estimam que vivam 15 japoneses, mas que a população de descendentes seja bem maior. A entrada e participações em oficinas não têm custos aos participantes, sendo apenas pagas algumas atividades, como para vestir o yukata (vestimenta tradicional que se assemelha ao quimono), ao custo de R$ 5, ou escrever o nome em shoda (caligrafia japonesa) por R$ 2.
Começa nesta sexta-feira o primeiro festival do Japão em SC
Apresentações de taikô (tambores), músicas japonesas, matsuridance (dança pop), bom odori (dança típica), karaokê, animekê, oficinas, origami (dobradura em papel), mangá (desenho ), kirigami (cortes em papel), furoshiki (técnica de embrulho com tecidos), nihongo (língua japonesa), shodo (escrita japonesa em pincel), segurar ohashi (palitos para comer), kitsuke (vestir kimono), ikebana (arte dos arranjos florais), bonsai (cultivo de árvores em pequenos vasos), artes marciais (aikido, kendo, kenjutsu, ninjutsu), raio taisso/kenko taisso e shiatsu são as atrações do festival cultural.
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Na edição mais tradicional do festival no Brasil, as ruas do bairro e a praça da Liberdade, em São Paulo, são decoradas com ramos de bambu arrumados com enfeites coloridos de papel que simbolizam as estrelas. Nos bambus, são pendurados os tanzaku, pequenos pedaços também coloridos de papel onde os visitantes podem colocar os seus pedidos.
Tanabata Matsuri — O festival de Tanabata tem origem numa lenda japonesa. Orihime era a filha de um poderoso deus do reino celestial. Certo dia, estando diante de seu tear, viu passar um rapaz conduzindo um boi, e por ele se apaixonou. O pai consentiu o casamento dos dois jovens.
Porém, casados e totalmente dominados pela paixão, ambos descuidaram-se de seus afazeres normais. Foi então que, o pai indignado, ordenou que eles vivessem separados, um de cada lado da Via Láctea. Ele permitiria que, entretanto, o casal se reencontrasse apenas uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês, se cumprisse à ordem do pai, que era atender os pedidos vindos da Terra.
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Segundo a mitologia japonesa, Orihime é representada pela estrela Vega, e o rapaz, a estrela Altair, do lado oposto da galáxia, que realmente só se encontram uma vez por ano.
Fonte: Cultura Japonesa