Foi a partir de 1998 que as convenções partidárias para definir os candidatos e coligações para o governo e Senado passaram a ter como prazo final a meia-noite do dia 30 de junho. Desde que esse prazo foi estipulado, a cada quatro anos a política catarinense vive dias de tensão e expectativa de grandes surpresas nesses dias que encerram o primeiro semestre.
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Nas eleições de 1998 e 2002, por exemplo, o antigo PFL definiu apenas no dia 30 de junho quem seria o candidato a vice-governador, nas duas vezes em chapas lideradas por Esperidião Amin (PPB). Na época pefelista, Paulo Bauer foi personagem em ambas. Na primeira, venceu por apenas sete votos a disputa pela vaga na convenção. Na segunda vez, o PFL surpreendeu os próprios delegados do partido na data da convenção, dia 30, ao abrir mão da vaga com a desculpa de evitar uma nova disputa – desta vez de Bauer com Geraldo Althoff.
Mais recentemente, em 2010, foi apenas no dia 30 de junho que o PSDB definiu oficialmente a participação na aliança que teria Raimundo Colombo (DEM) ao governo e Eduardo Pinho Moreira (PMDB) como candidato a vice-governador. Sem os tucanos, a adversário Angela Amin (PP) foi atrás do PDT que estava praticamente fechado com Ideli Salvatti (PT). Nas últimas horas do prazo para as definições, Manoel Dias (PDT) virou vice da pepista e Ideli fechou com o empresário Guido Bretzke (PR).
A regra de indefinições e surpresas até a última hora não deve ser quebrada este ano. Embora o governador e pré-candidato à reeleição Raimundo Colombo (PSD) tenha formalizado na sexta-feira os convites para que o PMDB indique o vice-governador e o PP escale o senador na chapa governista, ainda existem arestas a serem aparadas. A principal delas é o nome do deputado estadual Joares Ponticelli (PP), endossado pelas principais lideranças pepistas, mas rejeitado pelo principal nome do PMDB, o senador Luiz Henrique da Silveira.
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Lideranças do PSD ainda vão tentar convencer Ponticelli a abrir mão da vaga para o deputado estadual Silvio Dreveck, considerado mais palatável para LHS. Os principais adversários de Colombo chegam à reta final das decisões com mais dúvidas do que certezas em suas chapas. O senador Paulo Bauer (PSDB) ainda não tem vice e confirmou apenas o Solidariedade como aliado. O ex-senador Leonel Pavan (PSDB) é seu pré-candidato ao Senado, mas pode abrir mão se for construída uma aliança com o PSB do deputado federal Paulo Bornhausen.
Nesse caso, o palanque tucano-socialista daria suporte a dois presidenciáveis: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Pré-candidato ao governo pelo PT, Claudio Vignatti também busca vice e senador. Para o Senado, o mais cotado é o deputado estadual Jailson Lima (PT).
2014 – O que falta
Raimundo Colombo (PSD) – O PMDB definiu que o candidato a vice-governador será Eduardo Pinho Moreira e o PP tem apenas Joares Ponticelli como pré-candidato ao Senado. Pessedistas e peemedebistas ainda tentam convencer Ponticelli a abrir mão da vaga para Sílvio Dreveck (PP), nome sem rejeição por parte do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
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Paulo Bauer (PSDB) – O tucano ainda não tem candidato a vice-governador. Inicialmente, era cogitado que a vaga ficasse com o DEM, mas o partido está mais próximo do PSD em nome de uma melhor composição nas eleições para deputado. Se for confirmada chapa-pura, o senador será Leonel Pavan (PSDB). O partido ainda pode compor com o PSB de Paulo Bornhausen, que iria ao Senado.
Cláudio Vignatti (PT) – O petista não tem vice e nem senador definido. As vagas estão sendo oferecidas para composições com outros partidos, mas restam poucas opções. No caso do Senado, os deputados Décio Lima e Jailson Lima são pré-candidatos, mas o primeiro resiste em concorrer. Para vice o mais citado é do ex-deputado Milton Mendes (PT).