A Polícia Civil realiza nesta sexta-feira (1º) uma operação na sede da Mancha Alviverde em São Paulo, torcida organizada do Palmeiras, e em outros locais para cumprir seis mandados de prisão de torcedores. Os pedidos de prisões temporárias foram expedidos pela Justiça na última quarta-feira (30). As informações são do ge.
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Além dos seis torcedores, a polícia busca também três veículos identificados na cena da emboscada feita à Máfia Azul, torcida do Cruzeiro, no último domingo (27), na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP).
Celulares, computadores, roupas e armas, que possam ter sido usadas no ataque, também fazem parte do pedido de busca e apreensão. As ações acontecem em São Paulo, incluindo a sede principal da Mancha, que fica em frente ao Allianz Parque, e também nas cidades de Taboão da Serra e São José dos Campos.
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O Ministério Público, o Departamento de Operações Estratégicas (Dope), o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), o Grupo Especial de Reação (GER) e Antissequestro participam do cumprimento das ordens judiciais.
Quem é o torcedor do Cruzeiro morto em briga com palmeirenses
Entenda a briga entre torcedores de Cruzeiro e Palmeiras
No dia 27 de outubro, torcedores da Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, realizaram uma emboscada contra um ônibus de torcedores da Máfia Azul, torcida do Cruzeiro, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP). O ataque resultou na morte de um cruzeirense e deixou outros 17 feridos.
Os cruzeirenses voltavam de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro tinha jogado com o Athletico no sábado (26). A Polícia Civil de São Paulo, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), investiga o caso.
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Segundo informações do g1, os ônibus com os torcedores rivais se cruzaram, pararam na via e iniciaram o tumulto. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram homens com pedaços de madeira na mão e agredindo pessoas no chão.
A Polícia Militar foi acionada por testemunhas para ir ao local. O Corpo de Bombeiros também precisou ser mobilizado porque um dos veículos pegou fogo.
Conflito deixou um homem morto e 17 feridos
Conforme informações do g1, José Victor Miranda, de 30 anos, teve a morte confirmada ao dar entrada no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã. Apesar disso, a causa da morte ainda não foi divulgada. Porém, parentes ouvidos pela reportagem alegam que a informação é de que ele teria morrido dentro de um ônibus incendiado. A polícia ainda não confirma e apenas um laudo pericial revelará a causa da morte.
Além dele, outras 17 pessoas ficaram feridas, sendo que 14 precisaram de atendimento hospitalar, inclusive uma com ferimento de arma de fogo no abdômen, mas não corre risco de morte. Ainda de acordo com o g1, a pasta de Segurança não informou se a polícia de São Paulo identificou e prendeu os torcedores do Palmeiras após a emboscada.
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Vídeos que circulam pelas redes sociais serão analisados pela investigação para tentar identificar os participantes. Além disso, a Polícia Civil também trabalha para tentar identificar o motivo do ataque dos palmeirenses aos cruzeirenses.
Clubes se manifestam após cenas de violência
O Cruzeiro divulgou uma nota nas redes sociais no fim da manhã de domingo (27), lamentando o episódio e repudiando a violência no futebol. Em nota enviada ao ge, o Palmeiras seguiu o mesmo tom contra as brigas de torcidas e reforçando o pedido de apuração dos fatos.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as cenas de violência protagonizadas na Rodovia Fernão Dias, na manhã deste domingo. O futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor”, escreveu o Palmeiras em nota enviada ao ge.
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A Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras, negou ter organizado, participado ou incentivado qualquer ação relacionada à emboscada contra os cruzeirenses e disse que não se responsabiliza por ações isoladas de palmeirenses envolvidos no ataque. A torcida também lamentou profundamente o ocorrido e repudiou com “veemência” a violência.
A Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, repudiou o ataque dos palmeirenses contra cruzeirenses em suas redes sociais. Em uma postagem no Instagram, a torcida escreveu que “o choro da mãe do seu rival não traz a alegria da sua”.
*Pablo Brito é estagiário sob supervisão de Diogo Maçaneiro