Os dois secretários presos durante a Operação Mensageiro foram exonerados dos cargos em Lages, na serra catarinense. De acordo com a prefeitura, a expectativa é de que o vice-prefeito Juliano Polesse (PP) nomeie os substitutos ainda nesta segunda-feira (6). O prefeito do município, Antônio Ceron (PSD), também foi detido na ação da última quinta-feira (2).
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Antônio César Arruda era responsável pela Secretaria de Administração e Fazenda, enquanto Eroni Delfes Rodrigues respondia pela Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente. Ambos seguem presos preventivamente. A NSC TV tentou contato com a defesa dos dois, mas não obteve retorno até a publicação.
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O prefeito de Lages, Antônio Ceron, também foi detido na operação que apura suspeita de fraude em licitação e corrupção na coleta e destinação de lixo em 20 municípios do Estado. Por conta disso, na sexta-feira (3), o vice, Juliano Polesse assumiu o cargo.
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Além disso, a Câmara de Vereadores da cidade deve votar nesta segunda-feira (6) um pedido de impeachment contra Ceron, protocolado pelo vereador Jair Júnior (Podemos).
Em Capivari de Baixo, a vice-prefeita Márcia Roberg Cargnin (PP) também assumiu o executivo após a prisão do prefeito Vicente Corrêa Costa (PL).
Relembre o caso
Os dois prefeitos foram presos preventivamente na quinta-feira (2) na segunda fase da Operação Mensageiro. Outras duas pessoas também foram detidas, e 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Especial Anticorrupção (Geac). O objetivo é apurar a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na coleta e destinação de lixo em várias cidades de Santa Catarina.
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Segundo o MP, os pedidos foram expedidos após análise dos depoimentos das testemunhas, investigados e provas que foram coletadas na primeira fase da operação que ocorreu em 6 de dezembro do ano passado.
A investigação se desenrola há pouco mais de um ano e é coordenada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC. Na primeira fase, ao menos três prefeitos foram presos: Deyvison Souza de Pescaria Brava, Luiz Henrique Saliba de Papanduva, Antônio Rodrigues, de Balneário Barra do Sul.
Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 mandados de busca e apreensão.
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