A falta de atenção do governo federal para com a indústria pesqueira e a pesca artesanal em Santa Catarina teve seu mais recente capítulo no fim de semana, quando a Secretaria Nacional de Pesca cancelou a visita de um de seus diretores ao Estado, que estava marcada para esta segunda-feira.

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O encontro discutiria uma série de problemas que o setor enfrenta junto ao Ministério da Indústria, como o atraso na emissão de carteirinhas de pescador, a falta de um órgão regional para agilizar demandas, e as regras de importação que favorecem a entrada do pescado internacional no país.

A reunião foi solicitada pela Associação dos Municípios da Foz do Itajaí-açu (Amfri) e intermediado pela Assembleia Legislativa, onde deveria ocorrer o encontro _ longe do principal reduto econômico da pesca em Santa Catarina. O convite era para o secretário Nacional de Pesca, Davyson de Souza. Mas ele decidiu mandar a Santa Catarina um diretor da pasta.

A reunião foi reagendada para o dia 2 de outubro, novamente na capital. Itajaí, que tem o maior polo pesqueiro do país, não estava e não estará incluída na agenda oficial. Um balde de água fria para o empresariado local e um sinal do descaso do governo para com o setor.

Até então, todos os ministros da Pesca haviam passado por Itajaí para conhecer não apenas o setor produtivo, mas também o beneficiamento e a exportação de pescado catarinense. A última visita foi do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em janeiro _ antes da pesca ter sido transferida, sob protestos, para o Ministério da Indústria.

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