O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, demandou nesta quinta-feira que a Síria aplique o plano de paz do mediador das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, para acabar com a violência no país, após o recente massacre cometido em Houla e atribuído pela oposição ao regime.
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– Eu peço que a administração síria cumpra com seu compromisso de aplicar o plano de paz de Annan – afirmou Ban em Istambul, durante um fórum dos sócios da Aliança de Civilizações, apoiada pela ONU.
Já os rebeldes sírios deram prazo até sexta-feira ao meio dia para que o regime de Bashar al-Asssd aplique o Plano Annan, que prevê fundamentalmente o fim da violência no país, e destacaram que em caso contrário não serão obrigados a respeitar o plano.
“Se o regime sírio não respeitar o prazo de sexta-feira ao meio dia, o comando do Exército Sírio Livre (ESL) anuncia que não se sentirá obrigado por nenhum compromisso vinculado com o Plano Annan. Nosso dever consistirá em defender os civis”, afirma o ESL em um comunicado.
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“Depois do massacre bárbaro de mulheres e crianças em Houla, nós anunciamos que nada justifica o respeito da trégua de forma unilateral, pois Assad enterrou o Plano Annan diante do mundo inteiro”, completa a nota.
Os insurgentes exigem a aplicação do plano de seis pontos do emissário internacional Kofi Annan, sobretudo o cessar-fogo imediato, o fim de todas as formas de violência, a retirada de todas as tropas, dos tanques e veículos do regime das zonas residenciais, a entrada de ajuda humanitária em todas as regiões devastadas, a libertação dos prisioneiros, o acesso dos meios de comunicação ao país e a liberdade de manifestação pacífica.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o Exército sírio bombardeava nesta quinta-feira pelo segundo dia consecutivo a região de Houla, cenário de um massacre na semana passada. Também de acordo com a ONG, 73 pessoas morreram na quarta-feira no país.
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