O secretário de infraestrutura, Romualdo França, entende que o principal problema para o surgimento dos buracos nas ruas de Joinville é a idade dos pavimentos. Além disso, aponta como outra causa o modelo mais econômico adotado em algumas pavimentações no passado. Ele explica que em ruas com menor tráfego, era utilizada uma camada mais econômica. Com o aumento do número de veículos trafegando pela via, a estrutura não aguenta e os buracos aparecem.
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Para evitar esse problema, França defende a adesão de uma manutenção preventiva. Segundo ele, quando a pavimentação asfáltica começa a perder o material mais fino precisaria receber uma espécie de proteção, chamada de micro revestimento asfáltico, para continuar impermeável.
— Se houvesse a cultura no país de poder fazer isso, a aplicação do micro revestimento poderia ser feita a cada dez anos. Mas é característica do Brasil, nós mal temos dinheiro para fazer a rua, quanto mais para gastar com manutenção preventiva. O que é lamentável porque depois a operação tapa-buraco é muito cara — explica.
O secretário ainda afirma que a prevenção hoje não acontece por falta de recursos, já que os técnicos sempre tiveram essa consciência. Por outro lado, são feitos trabalhos de tapa-buracos durante todo o ano. O município faz o planejamento das ruas que receberão a operação dando prioridade para os principais eixos e, em seguida, às ruas apontadas pelas subprefeituras como mais deficitárias.
Uma das dificuldades é a chuva que atrapalha o trabalho das equipes. O secretário conta que no mês de outubro foi possível atuar com a operação de tapa-buracos em apenas oito dias porque é necessário ter o asfalto seco para fazer a aplicação da nova camada.
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Segundo França, o método usado hoje pelas empresas contratadas por meio de licitação é o melhor que existe. É feito o corte do asfalto onde existe o buraco, todo o material solto é retirado, depois se aplica o novo asfalto quente e feito a compactação. Ainda é distribuído às subprefeituras uma reserva de asfalto pré-misturado à quente e aplicado a frio para casos emergenciais. Nessas situações, o material é jogado dentro dos buracos e se houver um compactador também é feita a compactação. No contrário, apenas se faz o nivelamento do pavimento.