Secretário de Esporte não vê vagas do basquete ameaçadas, mas reconhece problemas

O atual secretário-executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, negou que as seleções de basquete do Brasil, tanto a masculina quanto a feminina, corram o risco de ficar sem a vaga direta de país sede nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 devido a uma dívida da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) com a Federação Internacional de Basquete (Fiba). Entretanto, ele entende que existe uma questão administrativa delicada que precisa ser resolvida.

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– A questão do país sede [a vaga], a gente vê com tranquilidade. Não achamos que está ameaçado. Não tem esse problema. Mas há uma situação delicada administrativamente. Isso existe e a gente precisa cuidar. Não só pela questão da vaga, mas uma questão do basquete mesmo. Se a situação não for fortalecida você pode ter algum problema, eventualmente – declarou Leyser em entrevista concedida no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, durante a Copa do Mundo de Ginástica Artística.

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De acordo com matéria publicada em março deste ano pelo Uol Esporte, a CBB estaria em débito com duas parcelas no valor total de U$ 1 milhão (cerca de R$3,25 milhões) que se comprometeu a pagar em troca de da vaga na Copa do Mundo da Espanha de 2014. Competição que a seleção terminou na sexta colocação. O dinheiro, entretanto, nunca caiu na conta da Fiba.

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Ricardo ainda admitiu que existe um esforço do Ministério para ajudar o basquete brasileiro. Segundo o secretário, a meta agora é conseguir um patrocinador para as seleções.

– Realmente, fizemos um esforço grande para ajudar o basquete. O Ministério [do Esporte] está atento e apoiando as seleções. Estamos tentando ajudá-los, vendo se conseguimos um patrocinador, uma empresa estatal, eventualmente. A gente confia muito no nosso time brasileiro, uma equipe que vem amadurecendo desde [os jogos de] Londres. Fizemos muitos investimentos, a ideia é ajudar a superar esse momento que tecnicamente ainda é muito duro – garantiu Leyser.

Caso a classificação automática não seja garantida nos bastidores, as duas seleções terão duras missões dentro de quadra. No evento pré-olímpico de Monterrey, que acontece entre os meses de agosto e setembro, só os dois primeiros colocados garantem vaga no Rio. Os outros dois semifinalistas precisarão disputar um pré-olímpico mundial entre 4 de julho e 11 de julho de 2016.

No Pré-Olímpico Feminino, que acontece no Canadá entre 9 e 16 de agosto, só o campeão garante classificação para a Olimpíada, com segundo, terceiro e quarto colocados também precisando disputar a repescagem mundial em 2016. Assim como no masculino, as americanas também já estão garantidas no Rio.

*LANCEPRESS