O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, declarou que as forças do país estão “prontas” para uma ação militar na Síria se o presidente Barack Obama der a ordem, em uma entrevista à BBC.
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– Estamos preparados. Deslocamos recursos para cumprir e acatar qualquer opção que o presidente deseje realizar- declarou Hagel.
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– Estamos prontos para atuar – completou.
Ele acrescentou que os Estados Unidos em breve apresentarão as provas do uso pelo regime sírio de Bashar al-Assad de armas químicas.
– A Síria usou armas químicas contra seu próprio povo – disse Chuck Hagel.
– Em breve teremos mais informações para dar – disse ele em entrevista à BBC em Brunei, onde participa em uma reunião dos ministros da Defesa da região.
Após discussões com seus colegas britânicos e franceses no início do dia, Hagel disse que “a maioria dos países acredita que o regime sírio está por trás do ataque perto de Damasco.
– Eu acho que a maioria dos nossos aliados, os países da comunidade internacional com quem falamos e temos contactado, tem poucas dúvidas de que os direitos humanos mais básicos foram violados com o uso de armas químicas (pelo regime sírio) contra seu próprio povo – afirmou ainda.
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Regime sírio e rebeldes se acusam pelo adiamento da visita da ONU
As autoridades sírias e os rebeldes se acusaram mutuamente pelo adiamento da visita que a missão de especialistas em armas químicas da ONU deveria fazer à periferia de Damasco.
– Hoje nos surpreendeu o fato de que não tenham podido ir ao local porque os rebeldes não conseguiram chegar a um acordo para garantir a segurança da missão. Por isso, a missão foi adiada até amanhã – afirmou o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Mualem, falando à imprensa.
– A Síria respeita seus compromissos. Digo a John Kerry (secretário de Estado americano): não somos nós que estamos travando a missão dos inspetores, são os grupos armados que não apresentam garantias sólidas”, afirmou ainda.,
O Conselho Militar Revolucionário de Ghuta Oriental, leste da capital, onde, segundo os rebeldes, ocorreu o ataque químico, desmentiu essas acusações.
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“O regime tenta convencer a missão da ONU que a vida de seus membros corre perigo se forem a Ghuta Oriental” afirma um comunicado.
“O Conselho Militar entrou em contato com alguns deles para convencê-los que se tratam de alegações mentirosas e garantimos a eles que o Conselho está totalmente comprometido em dar a eles proteção”, acrescenta o texto.
A ONU informou nesta terça-feira que adiou uma nova visita de seus especialistas em armas químicas em uma área próxima a Damasco por razões de segurança.
Depois do ataque de franco-atiradores na segunda-feira, a visita desta terça-feira “deve ser adiada por um dia para para melhorar a preparação e a segurança da equipe”, assinalou o porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.
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