Em visita surpresa ao Afeganistão nesta quinta-feira, o secretário da Defesa dos Estados Unidos Leon Panetta pressionou o Paquistão por mais medidas contra a rede terrorista Haqqani, vinculada à Al-Qaeda. Segundo ele, os americanos estão “chegando ao limite de nossa paciência”.
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O grupo extremista assumiu a responsabilidade de vários ataques a pontos estratégicos dos EUA, inclusive contra a embaixada e às instalações da Otan em Cabul, havendo se transformado em uma das maiores ameaças à estabilidade no Afeganistão. Os Estados Unidos têm enviado milhões de dólares para ajudar Islamabad, capital paquistanesa, em combater os milicianos islamistas.
O secretário americano proferiu as declarações em uma coletiva de imprensa com seu homólogo afegão Abdul Rahim Wardak. A visita de Panetta tem como objetivo examinar o progresso da guerra no Afeganistão e discutir os planos para retirada das tropas americanas no momento em que a violência aumenta no sul do país.
Em sua chegada, Panetta disse que pretende receber uma avaliação da situação do principal comandante americano, o general John Allen. O objetivo é medir a capacidade da Otan em confrontar as ameaças tanto do Talibã como da rede Haqqani, a qual opera desde o Paquistão.
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– Acredito que é importante assegurarmos os tipos de ataque que eles pretendem lançar quando entrarmos no verão – disse Panetta a jornalistas que viajaram com ele em uma escala em Nova Déli, na Índia.
Os EUA devem retirar 23 mil soldados do Afeganistão até o fim de setembro, deixando 68 mil militares no país.