Talvez nenhuma outra mobilização social no Brasil uniu tanto homens e mulheres, de diferentes idades, culturas e regiões quanto a campanha Outubro Rosa. Seus idealizadores talvez não imaginassem que, logo em 2013 com a medicina mais moderna e com o advento das redes sociais, uma campanha cujo símbolo é um laço rosa fosse estampar espaços públicos e privados.

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Mais do que a importante visibilidade, Outubro Rosa é um movimento pró-saúde acima de qualquer circunstância. Tem objetivo informativo e preventivo: divulga a necessidade do câncer de mama ser prevenido o mais rápido possível. Esse tipo de cancro tem uma característica diferente da maioria dos outros tipos da doença: ao contrário de outros cancros internos, as marcas da região do peito tendem a se manifestar como tumores visíveis. Talvez por isso também o câncer de mama tenha sido encarado e enfrentado pela mídia como um assunto de utilidade pública urgente.

Ao longo da história, muitas figuras públicas manifestaram publicamente ter a doença (em capas de revistas e outdoors, por exemplo) e contribuíram para diminuir o preconceito e a falta de informação por parte da população. Hoje é comum e normal discutir o tema câncer, mas quando alguém adoece toda a família sofre junto porque o medo predomina. A insegurança ainda persegue grande parte de quem tem ou já teve câncer e a ciência cada vez mais atua e publica suas hipóteses e confirmações do quanto a genética e o estado emocional dos seres humanos influenciam no desenvolvimento e no processo cancerígeno.

Por isso, acredito que o diálogo a partir do poder público é tão essencial, um ato de amor e respeito à vida – principalmente na atenção aos que mais sofrem: as vítimas do câncer e seus familiares.

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