O secretário de Agricultura de Belmonte, Vanderson Paulo Garbim, estava entre os três moradores da cidade presos na semana passada, em São Paulo, por furto de fritadeiras elétricas. Eles foram detidos durante uma operação denominada "Divisa", realizada pela Polícia Civil paulista, que investigava uma quadrilha de cargas roubadas.
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Durante a operação, na quinta-feira (14) na BR-116, em Cajati (SP), a polícia flagrou algumas pessoas saqueando um caminhão carregado com fritadeiras elétricas. O secretário e mais duas pessoas foram levados para a delegacia de Jacupiranga (SP), pagaram fiança e foram liberados.
O secretário disse que estava com mais quatro pessoas no carro indo visitar a mãe em Caraguatatuba (SP), quando viu um caminhão acidentado e pararam para ver se precisavam de ajuda.
— Quando vimos que o motorista estava bem alguém falou que dava para pegar a carga, pois estava liberado. Eu nem peguei nada, mas pessoas que estavam comigo carregaram duas caixas no carro e nisso chegou a polícia. Fomos esclarecer na delegacia — disse.
De acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, Adriano Fiamoncini, pegar produtos de carga em acidentes é crime.
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— Não é porque um caminhão se acidenta que o dono desaparece. A carga continua tendo um proprietário, que deve tomar as providências para recolher os produtos. Só é permitido pegar algo caso o dono autorize — afirma.
Quem saqueia uma carga pode ser enquadrado por furto, com pena prevista de um a quatro anos de prisão. Porém, pode ser convertida em multa quando o réu é primário. Quando isso ocorre à força, como no caso de ameaça ao motorista, é enquadrado em roubo, que tem pena prevista de quatro a dez anos de reclusão.